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Copa do Mundo 2022: jogadores do Irã silenciam e torcida vaia o hino, em jogo contra Inglaterra

Protesto ocorre por conta da tensão vivida no país do Oriente Médio, onde mulheres têm sido alvo da violência por parte do governo

Luiz Guilherme Ramos
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O jogo entre Irã e Inglaterra, pelo grupo B da Copa do Mundo, teve o primeiro registro de protesto pelos direitos humanos. Diante das tensões vividas no país, os jogadores decidiram não cantar o hino nacional, em demonstração de apoio às mulheres do país, que vêm sofrendo severas perseguições, desde a morte de uma mulher, por não usar o jihad da forma correta. 

As duas seleções jogam nesta segunda-feira, no estádio internacional Khalifa, em Doha. Além dos atletas, a torcida presente no estádio também se manifestou através de uma sonora vaia, na hora que o hino iraniano tocava. Torcedores do Irã, bem como de outras nações, também manifestaram apoio à causa, já que pelas leis do país, as mulheres são proibidas de frequentar estádios de futebol. 

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Faixas com palavras como "mulher", "vida" e "liberdade" foram vistas por todos os cantos. Alguns cartazes atacam o governo, com frases sobre a seleção do país estar apoiando os desmandos do governo. Desde que uma jovem foi morta, sob custódia da polícia do país, os protestos eclodiram. Em solo iraniano, os atos são duramente reprimidos pelas autoridades. 

Sobrou até para o treinador do Irã, o português Carlos Queiroz, que se recusou a responder uma pergunta de um jornalista inglês, sobre como ele se sente ao representar um país que desrespeita os direitos humanos. Queiroz disse que não poderia falar, pois não é bem pago para isso e disse também que a própria Inglaterra não respeita os imigrantes. 

 

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