Copa do Mundo 2022: com nova regra, técnicos devem usar até 90% dos jogadores convocados; entenda
Pela primeira vez, a regra das cinco substituições será usada em uma Copa do Mundo, facilitando o rodízio de atletas
A Copa do Mundo do Qatar será a primeira em que valerá a regra das cinco substituições, no lugar das três, adotadas até então. A nova medida deve servir para ajudar as seleções a utilizarem melhor o elenco. Um estudo da Fifa mostrou que, em 2018, na Rússia, as 32 seleções colocaram em campo 605 dos 736 jogadores, média pouco acima de 80%.
Na concepção do grupo técnico da entidade, que fará as análises em cima da nova regra, com as cinco substituições e o aumento da lista de convocados de 23 para 26 atletas, a média de uso do elenco convocado deve aumentar para próximo de 90%, ou seja, um melhor aproveitamento dos jogadores, sobretudo aqueles que 'jogam na linha'.
Durante a Copa da Rússia, em 2018, o técnico Tite convocou 23 atletas e pôs em campo 18. Ederson e Cássio, ambos reservas do goleiro Alisson, não entraram em campo, o que já é esperado na posição, a não ser que haja alguma lesão no titular. Já entre os atletas que atuam na linha, três não ganharam oportunidade naquele mundial: o zagueiro Geromel, o volante Fred (retornando de lesão) e Taison, atacante.
Já para esta edição, Tite prioriza os jogadores mais ofensivos, mantendo o mesmo número de opções para as posições defensivas e de meio-campo. Pelo entendimento da comissão técnica, o Brasil precisa ter opções ofensivas para mexer na estrutura do time em uma partida difícil. Neste quesito, cinco substituições podem valorizar o esquema tático.
SAIBA MAIS
Outro fator que influenciou na mudança foi a própria pandemia e o calendário reduzido. Com o advento do coronavírus, temeu-se pela alta contaminação de atletas pelo SARS-CoV-2, o que torna necessária a presença de mais opções de substituição, haja vista a necessidade de isolamento de pessoas infectadas.
Outro motivo que pode ser elencado na mudança é o período de realização do torneio. O comum é que a Copa do Mundo seja disputada entre os meses de junho e julho, e não em novembro e dezembro. A medida foi tomada para minimizar o forte calor da região desértica, sem contar que a maior parte dos clubes está em temporada, o que significa a liberação na reta dos campeonatos.
Na europa, os atletas serão liberados no dia 14, seis dias antes da abertura do mundial, diferente das outras Copas, onde a média de liberação era de três semanas antes. Este ano, a Copa do Qatar também será reduzida, com duração de 29 dias em vez de 32, diminuindo o tempo de descanso dos jogadores.
Confira algum,as curiosidades do estudo de uso dos elencos na Copa do Mundo da Rússia (2018), vencida pela França e tendo a Croácia como vice:
- Tunísia foi a única seleção que utilizou os 23 convocados;
- Austrália a que menos usou, com somente 15;
- Seis equipes usaram mais de um goleiro: Tunísia, Argentina, Polônia, Croácia, França e Arábia Saudita;
- Inglaterra e Bélgica usaram todos os jogadores de linha, 21
- disputaram o terceiro lugar, jogo quase amistoso, o que explica a opção;
- 56 jogadores de linha não entraram em campo, o que dá pouco menos de 10% dos atletas convocados excetuando os goleiros. Fifa avalia que esse número de jogadores de linha não utilizados em 2022 pode diminuir com cinco substituições e 26 convocados;
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