Com chegada de Netão, Paysandu investe na base e traça objetivos ambiciosos para o futebol; veja

Cerca de 200 atletas compõem as categorias de base do clube, num investimento forte que promete resgatar a tradição bicolor de formador de atletas

Luiz Guilherme Ramos
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A rivalidade que envolve Remo e Paysandu não se limita apenas ao interior das quatro linhas. Fora dali, o vai e vem de profissionais que resolvem 'atravessar' a Almirante Barroso vai muito além do imaginado. Recentemente, uma contratação chamou a atenção da comunidade esportiva. João Nasser, o Netão, deixou a base do Leão Azul após 10 anos de trabalho e títulos, para defender o maior rival, que nos últimos anos vem investindo pesado para resgatar a tradição de formador de atletas. 

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A chegada de Netão não deixa de ser um golpe de mestre orquestrado pelo presidente Maurício Ettinger. Com ele nos quadros do Papão da Amazônia, o clube ganha fôlego e toda qualidade profissional de um dos maiores conhecedores do futebol de base do estado. A partir de agora, Netão assume o comando da equipe sub-20, e terá o desafio de ajudar na reestruturação em curso, que ainda carece de maiores investimentos, incluindo o sonhado Centro de Treinamento.

"Esse ano o Paysandu está investindo para vir forte na base. Estamos fazendo um estudo para ter um CT específico para a base, vamos anunciar logo mais, e o Netão vem para ser técnico do time que vai participar da Copinha. Não tem data de apresentação, não vai ter uma formal, mas já está trabalhando", disse Ettinger em entrevista a O Liberal. 

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Toda a estrutura disponibilizada hoje tem um nome forte, que recentemente comandou a conquista do Brasileiro da IberLeague na categoria sub-16. A equipe comandada por Raimundo Santos agora vai disputar o Mundial, em julho do ano que vem, na cidade de Estoril, em Portugal. A conquista é definida por ele como um avanço significativo no processo de profissionalização das categorias de base do clube, num trabalho que começa cedo. 

"Hoje trabalhamos no clube no futsal, da categoria sub-7 até sub-15. Iniciamos o processo de transição no ano retrasado, a partir do sub-9 até o sub-15 e vamos acrescentar o sub-16, em preparação dos atletas para as categorias superiores. É um projeto do clube que começou há cinco, seis anos, no futsal, até chegar na fase de transição, a partir dos 9 anos. E a cada categoria os treinos vão se intensificando. Sub-9 treina uma vez, futebol de campo uma semana. A cada categoria a gente aumenta a quantidade de treinos no futebol de campo e diminui no futsal. É um projeto a longo prazo que vai render muitos frutos para o clube", explica Raimundo. 

Cerca de 200 atletas fazem parte dos quadros de formação do clube. Nesse processo, a garotada vai galgando espaços e o maior termômetro são as competições. "Para chegar no Brasileiro da Iberleague, passamos pela etapa regional, realizada em junho do ano passado, e conquistamos o sub-13 e o sub-15. Esse ano eles foram como sub-14 e sub-16. Foram títulos importantes a nível regional, numa franquia mundial do fut7, que vai até o campo. Foi muito bom, porque garantimos as vagas para o Brasileiro, em São Paulo. Lá fomos terceiro lugar no sub-14, com boas partidas. No sub-16 conseguimos o título e isso representa um trabalho que é feito há muito tempo", explica o técnico. 

image Raimundo Santos com o troféu da IberLeague. (Divulgação Paysandu)

Para ele, o futebol paraense ainda é um celeiro de craques e o novo formato adotado pelo clube favorece a lapidação desses talentos. "Nossos atletas, não só do Paysandu, mas da região, não deixam a desejar para nenhum atleta do eixo sul-sudeste. São bons garotos que precisam ser trabalhados e estamos fazendo isso. Não só a parte técnica, mas a física, cognitiva, emocional. É um trabalho de formação para que o atleta não chegue ao profissional com déficits grandes. Iniciamos esse processo de transição que os grandes clubes fazem. É um passo mais largo com a reformulação desse processo e o CT será bom para todas as categorias. Vamos potencializar e qualificar os nossos atletas". 

Apesar disso, ele não revela nomes, mas garante que o Paysandu tem as suas "jóias", que em breve estarão dando glórias ao maior campeão da Amazônia. "Temos vários garotos com potencial. A gente evita falar os nomes por vários motivos, mas temos vários atletas com potencial enorme, que futuramente vão gerar receitas para nós. Os clubes grandes enxergam a base como fonte de renda e esse investimento será triplicado, muito maior do que foi investido. O Paysandu enxerga isso e já trabalha dessa forma".

Parceria

A chegada de Netão no clube foi muito comemorada por quem já faz parte do clube. Raimundo diz que a parceria com Netão é antiga e juntos, o Paysandu tende a crescer, assim como aconteceu no maior rival, onde foram colegas de trabalho por longos anos. "O Neto é um profissional que dispensa comentários. Todo mundo conhece o que ele fez e o que pode vir a fazer como profissional que é. Trabalhei com ele por cerca de seis, sete anos, revelando vários atletas que hoje jogam nas séries A, B e C", conta o técnico.

Para ele, o futuro do Paysandu está nas categorias de base e muito em breve o futebol profissional terá um verdadeiro "estoque" de craques. "Retomar essa parceria com ele é ainda mais motivante para mim. Pode ter certeza que o nosso clube vai ser o maior formador do norte do país. Eu trabalhei durante nove anos no Remo e a minha parceria com ele é desde lá. Em 2013 a gente foi para a Taça São Paulo e fui auxiliar. Em 2018 foi assim também. Já trabalhamos na Copa do Brasil, no Campeonato Paraense, em vários anos, uma parceria longa na formação de atletas", encerra.

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