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Com caras novas e treinadora experiente, Brasil chega à Copa do Mundo Feminina alimentando um sonho

Seleção não entra como favorita ao título, mas bons resultados recentes geraram expectativa sobre uma possível campanha histórica no Mundial da Austrália e Nova Zelândia. 

Caio Maia
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O Brasil conhecerá nesta terça-feira (27) as 23 jogadoras que vão defender a Seleção na Copa do Mundo de Futebol Feminino, que ocorre nos meses de julho e agosto, na Austrália e na Nova Zelândia. Ao contrário do que geralmente ocorre com a equipe masculina, o time comandado pela técnica Pia Sundhage não é favorito ao título do torneio. No entanto, resultados positivos nos últimos meses deram indícios de que a torcida brasileira pode acreditar em uma campanha histórica no Mundial disputado na Oceania.

Como está a Seleção Brasileira de futebol feminino

image Pia Sundhage [à direita] é a técnica da Seleção (© Sam Robles/CBF/Direitos Reservados)

Depois da geração de ouro do futebol feminino, que colecionou boas campanhas e títulos importantes no início dos anos 2000, a Seleção Brasileira entrou em decadência depois do ciclo da Copa do Mundo de 2011. Nos dois mundiais subsequentes - Canadá em 2015 e França em 2019 - as Guerreiras do Brasil pararam nas oitavas de final e foram relegadas ao papel de coadjuvantes nos principais campeonatos do mundo.

Junto a isso, a Seleção passou a viver um período de "entressafra" de talentos. Referências do futebol feminino nacional e mundial, como Marta, Cristiane e Formiga, foram se encaminhando para a fase final da carreira e passaram a enfrentar uma série de problemas físicos. Por outro lado, novos talentos demoraram a aparecer.

image Marta deve jogar a sua última Copa do Mundo (Michael Wade/Icon Sportswire/Getty Images)

No entanto, a sequência de fracassos internacionais começou a mudar em 2019. Após a eliminação na Copa do Mundo, a CBF decidiu iniciar um longo e profundo processo de renovação no futebol feminino nacional. Para comandar isso, foi contratada a sueca Pia Sundhage para o cargo de treinadora. Na bagagem ela trouxe duas medalhas de ouro olímpicas (2008 e 2012) e um vice-campeonato mundial (2011), quando dirigiu a seleção dos Estados Unidos.

Além de Pia, a CBF passou a investir mais no futebol feminino nacional. Como primeira determinação, a entidade exigiu que todas as equipes masculinas que disputarem o Campeonato Brasileiro fossem obrigadas a criar times femininas. A partir disso, o Brasileirão feminino ganhou mais uma divisão - a Série A3, a Terceira Divisão - e novos contratos de patrocinadores.

Craques da Seleção Brasileira de futebol feminino

image Debinha é a esperança de gols do Brasil na Copa do Mundo (Divulgação/ CBF)

Após a Copa do Mundo da França, Pia Sundhage tratou de começar a renovação prometida. Formiga, que anunciou aposentadoria após os Jogos Olímpicos, permaneceu na equipe até o torneio ao lado de Marta, ambas em lugares de destaque. Cristiane, por sua vez, ocupou papel secundário no processo.

Após as Olimpíadas, novas jogadoras ganharam espaço, são elas:

  • Rafaelle, do Arsenal, que disputou a Copa de 2015, mas ficou de fora da edição de 2019 - voltou à equipe
  • Gabi Nunes, do Madrid CFF;
  • Geyse, do Barcelona
  • Lelê, do Grêmio;
  • Duda Francelino, do Flamengo,
  • Gabi Portilho, do Corinthians;
  • Bia Zanotti, do Palmeiras.

Porém, o grande "achado" de Pia neste novo ciclo já estava na equipe. Reserva na Copa do Mundo de 2019, a atacante Debinha, que joga no Kansas City Currents, dos Estados Unidos, se tornou o grande destaque da Seleção. Fundamental nos amistoso e artilheira da última Copa América, disputada no ano passado, ela é a principal esperança de gols do Brasil no torneio da Oceania.

Ciclo da Seleção Brasileira de futebol feminino

image Brasil venceu a Copa América Feminina (Lucas Figueiredo/ CBF)

O ciclo de Pia Sundhage na frente da Seleção começou complicado. Após o Mundial de 2019, a treinadora tropeçou em torneios sul-americanos menores e perdeu para a Inglaterra, equipe que vivia forte ascensão no período.

Em 2020, o processo de evolução pareceu dar mais um passo. Agora, a Seleção jogava bem e aplicava goleadas contra as adversárias sul-americanas. No entanto, quando enfrentava equipes da América do Norte e da Europa bem ranqueadas não conseguia vencer.  As coisas permaneceram iguais em 2021, mas com um golpe acachapante: a derrota nas quartas de final dos Jogos de Tóquio. 

No entanto, a chave parece ter virado em 2022. A Seleção conquistou Copa América de forma invicta e conseguiu bons resultados contra times europeus na segunda metade da temporada. Já em 2023, a derrota nos pênaltis para a Inglaterra – campeã da Euro e uma das favoritas a vencer a Copa – na disputa da Finalíssi ma, assim como a vitória sobre a Alemanha, bicampeã mundial, em amistoso realizado em Nuremberg, chamaram a atenção da mídia internacional.

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