Colunista avalia a convocação de Dado Cavalcanti para a Seleção: "Sintonia de ideias"
Ex-técnico do Paysandu foi chamado para integrar comissão técnica de Fernando Diniz no Brasil
O que credenciou Dado Cavalcanti a ser auxiliar da Seleção? Quais cursos ele fez? Já conhece o Diniz? Teve passagem por Seleções de base? Vamos também ouvir colunistas para avaliar: o que faz um treinador, rebaixado à última divisão do futebol brasileiro, ser convocado pra Seleção?
Dado Cavalcanti vai integrar a comissão técnica móvel de Fernando Diniz nas partidas contra Bolívia e Peru, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. O ex-treinador do Paysandu estará à beira do gramado no Mangueirão, na próxima sexta-feira (8).
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O novo auxiliar pontual da Seleção já é um velho conhecido de Fernando Diniz. Os dois fizeram parte da mesma turma na CBF Academy para conseguirem a Licença Pro, para treinadores de futebol, em dezembro de 2021. No período em que estiveram na Granja Comary, ambos estavam desempregados. Dado foi demitido do Bahia em agosto e Fernando Diniz demitido do Vasco em novembro.
O currículo de Dado Cavalcanti conta com passagens por Ulbra-RO, Brazsat-DF, Santa Cruz-PE, América-RN, Central-PE, Icasa-CE, Ypiranga-PE, Luverdense-MT, Mogi Mirim-SP, Paraná-PR, Coritiba-PR, Ponte Preta-SP, Náutico-PE, Ceará-CE, Paysandu, CRB-AL, Ferroviária-SP, Bahia-BA, Vitória-BA e Vila Nova-GO. Destaque para o bicampeonato rondoniense com o Ulbra-RO, quando ainda tinha 24 anos de idade; as duas passagens vitoriosas pelo Paysandu (2015-2016 e 2018) conquistando dois títulos de Copa Verde e um campeonato paraense; e a Copa do Nordeste conquistada com o Bahia em 2021. Ele não teve passagens por seleções de base na carreira.
Dado Cavalcanti estava no América-RN disputando a Série C. Porém, o time potiguar foi rebaixado para a Série D de 2024. O técnico assumiu o clube na 13ª rodada e teve um aproveitamento de 33% em 7 jogos, com apenas 7 pontos conquistados, e terminou o campeonato na 18ª colocação.
Ouvimos a opinião do colunista de O Liberal, Carlos Ferreira, sobre o que faz um técnico rebaixado para a última divisão do futebol brasileiro ser contratado para ser auxiliar da Seleção Brasileira.
“Da mesma forma que um acesso ou um título nacional não credenciaria Dado Cavalcanti para ser auxiliar do Diniz, um rebaixamento circunstancial não o descredencia. Ele foi escolhido por uma sintonia de ideias. Dado é um teórico do futebol, que tentou ser jogador de futebol e desistiu muito cedo, ainda no sub-20, e se dedicou a estudar futebol. Ganhou respeito de técnicos que valorizam esses conhecimentos, caso do Diniz. A forma de pensar futebol do Dado é da linha do Diniz, então ele foi buscar alguém que tenha a confiança dele, porque é uma função de total confiança e é alguém que pode complementá-lo. É um reconhecimento à competência do Dado, embora ele não venha tendo bons resultados ultimamente. Na visão do Diniz, para a função de auxiliar, Dado pode o complementar muito bem e contribuir. Dado seria um auxiliar improvável se a gente tivesse que especular, mas foi a escolha do Diniz por critérios que a gente tem que respeitar.”
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