Atacante paraense ex-Remo e Esmac deixa Belém e fecha com clube bicampeão da Libertadores feminina
Jogadora Radija, de 20 anos, fechou por dois anos com a Ferroviária-SP, uma das maiores forças do futebol feminino do Brasil
A Esmac acertou a saída de mais uma jogadora para o futebol paulista. Após a saída de Rebeca, para o São Paulo-SP, o clube de Ananindeua fechou uma parceria com a Ferroviária e a atleta Radija defenderá as Guerreiras Grenás por dois anos.
Radija, de 20 anos, nasceu na cidade de Igarapé-Açu (PA) e iniciou a carreira no Pinheirense, além de ter passagem pelo Remo, onde conquistou o título do Parazão. Na atual temporada defendeu a Esmac no Campeonato Brasileiro Sub-20, além no Brasileirão A1. Radija já se apresentou à Ferroviária e já treina na agremiação bicampeã da Taça Libertadores, conquistados nos anos de 2015 e 2020.
“Sempre foi um grande sonho vestir a camisa da Ferroviária, desde pequena eu sonhei com esse momento. Estou muito feliz de estar aqui. As expectativas são as melhores possíveis. A torcida pode esperar muita garra, nunca desistir de uma bola, sempre correndo muito e me dedicando totalmente ao time”, disse Radija ao site oficial da Ferroviária.
O vice-presidente da Esmac, Ivanildo Costa, conversou com a equipe de O Liberal e revelou detalhes da negociação da atleta com a Ferroviária.
“Ela foi para Ferroviária com contrato de dois anos, tudo liberado pela Esmac, que ficará com 20% de futuras negociações. Eles vão preparar a atleta, é um clube que possui mais estrutura e que tem totais condições de fazer com que a Radija possa desenvolver seu futebol e ter uma carreira brilhante”, disse.
Ivanildo Costa citou as dificuldades em manter atletas no clube sem um calendário extenso, além dos custos que a agremiação possui.
“Trabalhamos forte para proporcionar o melhor as atletas, é o lado da profissionalização, elas possuem bolsa de estudo, mas os grandes clubes possuem mais e estabelecem negócios que podem render frutos a todos. Temos conversas e parcerias com Santos-SP, Botafogo-RJ, Fluminense-RJ, Internacional-RS, além de Red Bull-SP e Ceará-CE. Isso abre portas e dá visibilidade ao futebol do Pará”, falou.
Radija campeã paraense com o Remo
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O dirigente citou alguns pontos importantes que os grandes clubes propõe as jogadoras. Ivanildo informou ainda que não se pode negar propostas de melhorias para as atletas em um momento difícil da modalidade esportiva no país.
“Trabalhamos com os sonhos delas, uma casa, melhorar de vida, buscar qualidade de vida e de seus familiares. O futebol feminino no Brasil ainda engatinha, em Belém é algo muito difícil. A Rebeca foi para o São Paulo e a Radija para a Ferroviária e os clubes irão proporcionas às meninas escola, faculdade, treinamento, salário, alimentação, transporte e moradia durante todo o ano. Então temos que deixar a pessoa ir atrás dos seus sonhos”, explicou.