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Após meses de impasse, eleições para escolha de presidente da FPF já tem data definida; veja

A informação foi publicada em edital de convocação divulgado na grande mídia, encerrando de vez o entrave que mantinha a entidade sob presidência interina

Luiz Guilherme Ramos

Após um imbróglio que já ultrapassava os dois meses e com poucas informações à respeito, o processo eleitoral que escolherá a nova diretoria executiva da Federação Paraense de Futebol (FPF) já tem data para acontecer. De acordo com o edital publicado em jornal de grande circulação, as eleições na casa do futebol serão no próximo dia 20 de abril, na sede do Pará Clube, em Belém a partir das 10 horas da manhã. O horário de votação se estenderá até ás 16 horas.


Conforme o edital, fica estabelecido que “somente poderão concorrer à eleição as chapas que tiverem seus registros protocolados na Secretaria da Federação até 10 (dez) dias antecedentes à data do pleito, mediante petição contendo as exigências da Lei nº 9.615/1998 (Lei Pelé), bem como do Estatuto da FPF, em especial aquelas do art.16, §§ 5º, 6º e 7º, e as demais normas estabelecidas pela Comissão Eleitoral”. Concorrem extraoficialmente à presidência da entidade pelo menos três chapas.

Uma delas é encabeçada pelo ex-presidente do Paysandu, Ricardo Gluck Paul, outra frente é composta do ex-presidente da própria federação, Adélcio Torres e o terceiro também já foi ligado à entidade, encabeçada por Paulo Romano. As três devem protocolar o registro de candidatura a partir da publicação do edital. Estão aptos ao voto clubes profissionais e entidades não profissionais. O vencedor das eleições comandará a FPF pelos próximos quatro anos. 

De acordo com o presidente da comissão eleitoral responsável pelo processo, o advogado Antônio Barra Brito, todo processo deve transcorrer dentro das exigências que atendem a Lei Pelé e o próprio estatuto da federação. “A comissão já vinha programando a publicação do edital para esta sexta-feira. Vamos manter os prazos. A FPF levou a cabo essa atribuição. A convocação das eleições é atribuição da presidência. Quando você convoca, você estabelece o colégio eleitoral, os aptos a votar e a data. A comissão na forma estatutária, repassa as informações à FPF e eles publicam. Foi cumprido o que tinha que ser, sem maiores problemas”, informa.

Segundo o presidente, a demora para publicação se deu aos esforços em conjunto e a parte burocrática que envolve a criação, planejamento e execução de um processo eleitoral. “Para fazer uma eleição depende de muita gente. São mais de 200 ligas. Imagina verificar papel por papel de todas. São mais ou menos 30, 40 clubes. Verificar se está todo mundo apto não é tão simples quanto parece. Eu parabenizo os integrantes da federação e todos os demais envolvidos no processo, com celeridade e compromisso”, encerrou. 

Entenda o caso

A eleição para a presidência da FPF deveria ter sido realizada no dia 28 de dezembro. O pleito, no entanto, foi adiado mediante liminar concedida pelo Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) na véspera, dia 27. A ação preventiva serviu para que fossem investigadas irregularidades no processo de convocação da eleição e na inscrição de chapas. À princípio, três nomes concorriam ao pleito: a chapa de situação, liderada por Adelcio Torres, em busca da reeleição; e as duas de oposição, uma com Ricardo Gluck Paul e outra sob a liderança de Paulo Romano.

Em janeiro, a comissão eleitoral formatada para organização a eleição foi desfeita. Adelcio Torres, até então presidente, deixou o cargo ao fim do mandato e Graciete Maués, presidente da Tuna Luso, assumiu interinamente a gestão da Federação por ser a mandatária do mais antigo clube filiado à entidade, com a missão de reiniciar o processo eleitoral, sem sucesso. 

No dia 23 de fevereiro o Ministério Público do Pará (MPPA) se pronunciou por meio de recomendação formal à FPF solicitando que as eleições fossem convocadas em até 72h, sob a ameaça de responsabilizar judicialmente a presidente interina por leniência e má-fé. Desde então, uma nova comissão eleitoral presidente pelo advogado Antônio Barra Brito foi formada, até que o edital fosse publicado, contendo as informações sobre as datas e os aptos ao voto, nesta sexta-feira.

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