Advogado de Rafael Oliveira diz que atleta já pagou o que deve, mas pode permanecer preso; entenda
Segundo Fernando Pastor, Rafael Oliveira já depositou o valor decretado pela justiça, mas até a análise do pedido de soltura, ele deve permanecer preso em uma penitenciária de Ananindeua
Depois de ser preso por atraso no pagamento da pensão alimentícia de um dos seus filhos, o atacante Rafael Oliveira precisou correr atrás da quantia estipulada pela justiça, evitando assim a permanência na prisão por mais tempo. Em entrevista exclusiva ao Núcleo de Esportes de O Liberal, o advogado do atleta falou sobre o caso e sobre o futuro do atleta, que ainda tem contrato com o Independente de Tucuruí, por onde disputou duas partidas pelo Campeonato Paraense.
De acordo com o advogado Fernando Pastor, que defende o atleta, a causa da prisão teria sido um descumprimento de um acordo verbal feito entre o atleta e a ex-companheira, mãe de um dos seus três filhos. Ela e a criança residem em Campina Grande, na Paraíba, onde Rafael morou durante as quatro temporadas em que defendeu o Botafogo-PB. Segundo ele, o jogador tinha conhecimento da situação e que, por conta disso, poderia ser preso a qualquer momento.
"Essa situação já se arrasta há mais ou menos dois anos. O Rafael tentou fazer o acordo com a ex-namorada dele, depois que tiveram um filho. E aí conseguimos um acordo na pensão. E nesse tempo eles vinham mantendo contato, ele ia na casa dela, via a filha. E ela, por ter boa condição financeira, disse que não era mais necessário pagar pensão. Só que ele deixou isso se alongar um pouco. Após uma desavença, ela entrou na justiça em janeiro, pedindo três meses de pensão referentes a novembro, dezembro e janeiro. E esses meses se somaram aos três últimos, que foram fevereiro, março e abril", explica.
SAIBA MAIS
A reviravolta no acordo verbal teria se dado após um entrevero entre a ex-namorada e a atual, que vive em Recife e também tem um filho com o atleta. "Antes disso, ele passou um tempo desempregado e ela ajudava ele financeiramente. Mandava pix para ele ver o filho. Só que ele tem um relacionamento em Recife, tem uma esposa e um filho. E elas não se dão muito bem, inclusive discutem pelas redes sociais, essas coisas. E ela, com raiva dele ter ido até Recife, quebrou o acordo entre eles", detalha.
É a primeira vez em que o atleta se envolve em polêmicas desta natureza. Rafael Oliveira tem 35 anos e joga profissionalmente desde 2006, passando a maior parte da carreira no Paysandu, onde conquistou títulos e se tornou ídolo da torcida. Recentemente ele assinou um contrato de três meses com o Independente de Tucuruí, mas devido a eliminação do clube, ele passou a residir em Ananindeua, na Grande Belém, quando foi encontrado pelos agentes que o procuravam para o cumprimento do mandado de prisão.
"Ele sabia que isso poderia acontecer a qualquer momento e estava bem tranquilo na hora. Ele acompanhou os oficiais até a delegacia, falou com o delegado, que foi muito educado e respeitoso, enquanto nós levantamos a parte necessária para cumprir com a determinação", prossegue. O valor devido pelo atleta não foi confirmado, mas sabe-se que foram depositados cerca de R$ 7 mil para completar o restante.
Ainda segundo o advogado, Rafael já pagou o que deve e aguarda a justiça analisar o pedido de soltura protocolado pela defesa. Até a análise da petição, o jogador segue preso em uma penitenciária de Ananindeua. Em relação ao futuro, o advogado informou que o atleta irá se recompor emocionalmente e continuar os trabalhos de preparação física para tentar retornar ao futebol. "É a profissão dele. Infelizmente aconteceu isso, mas ele já pagou e a vida tem que seguir", finaliza.
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