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Formigas da Bola: remuneração digna motiva goleira a seguir carreira fora do Pará

Rosany Rodrigues joga em São Paulo desde 2018, onde alcançou estabilidade financeira

Beatriz Reis

O segundo episódio do ‘Formigas da Bola’ mostra mais uma atleta paraense que precisou sair de Belém para alcançar seus objetivos no esportes. Rosany Rodrigues, ou simplesmente Zany, atua no São José, de São Paulo.

A goleira começou na Tuna, em 2012, e logo cedo precisou ter fazer uma escolha: dar sequência aos estudos ou focar no esporte. Uma realidade muito comum entre atletas.

“Tive que parar de estudar, pois era longe de onde eu morava para o treino. Infelizmente tive que escolher se eu treinava para o jogo ou estudava. Mas desejo terminar tudo um dia, pois sabemos que o futebol feminino não é para sempre. A renda não é boa, mas onde estou tudo flui muito bem”, ponderou.

 

“No início foi bem complicado, a gente só recebia as passagens [de ônibus] para ir jogar na Tuna. No Pinheirense, apenas algumas atletas ganhavam, e era por jogo”, detalhou.

Em 2017, várias jogadoras da Tuna foram convidadas para disputar o Brasileirão A2 pela equipe de Icoaraci. O time garantiu não só o acesso à primeira divisão do país, como chegou ao título do torneio. A boa campanha chamou a atenção de times de fora do estado.

“Não pensei duas vezes em vir para São Paulo quando recebi o convite. Estou no meu terceiro ano fora do estado. Tenho passagens por dois clubes de Rio Preto e, atualmente, estou no São José”, contou a Zany.

Os motivos para não ter dúvidas em jogar fora do Pará são vários. Entre eles está a maior valorização do desporto feminino, com infraestrutura e remuneração.

“Eu posso dizer que hoje eu me sinto gratificada por ter saído da minha cidade ganhando uma renda muito boa. Não chega a 1% do que eu ganhava aí [no Pará]. Graças a Deus a minha renda é boa, eu posso ajudar a minha família, posso guardar. É gratificante estar fazendo o que eu amo e estar recebendo por isso”, explicou a goleira.

Retorno futuro

Rosany não descarta a volta à terra natal para encerrar a carreira. Mas o plano ainda está distante, já que a goleira tem 25 anos e projeta uma estrada longa no sudeste do país. Porém este retorno aconteceria apenas sob uma condição.

“Se fosse a Aline [Costa] a treinadora, sem ‘puxar o saco’. Ela foi minha primeira treinadora. Se fosse para jogar, jogaria onde ela estivesse, sem nenhum problema. Por amor jogamos em qualquer lugar”, concluiu a jogadora.

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