Ex-funcionária de Neymar detalha demissão: ‘Sem apoio nenhum’
Ex-funcionária pede indenização de R$2 milhões por ter trabalhado 70 horas semanais sem direito a férias e folgas
No último domingo (19), a empregada doméstica que trabalhava com Neymar, detalhou, em entrevista à Rede Record, a situação e condições que vivia na casa do atacante do Al-Hilal, bem como o aviso de demissão por meio de outros funcionários do jogador.
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Sem identidade revelada, a moça pede uma indenização de R$2 milhões em processo que corre na Justiça da França, no Tribunal do Trabalho de Saint-Germain-en-Laye, no departamento de Yvelines.
De acordo com ela, o atleta teria feito um “travail dissimulé”, em tradução, um trabalho oculto, onde o empregador faz com que o seu empregado tenha um trabalho não declarado, desrespeitando as formalidades legais presentes na legislação trabalhista francesa.
A ex-trabalhadora, de 35 anos, alega ter trabalhado cerca de 70 horas semanais, sem direito a férias e folga. Na reportagem, ela conta sobre o dia em que foi demitida, em outubro de 2022, quando estava grávida do quarto filho.
A secretária me chamou e falou assim: ‘Aqui está seu pagamento, não precisa vir mais, resolva sua vida pessoal (a minha gestação) [...] Eles mandaram eu buscar meu dinheiro com o segurança da entrada principal. Sem apoio nenhum. Nisso, tive minha luz cortada por uma semana.
Contratação
Segundo a brasileira, ela chegou em Paris em 2018 junto com o ex-marido e os filhos, para tentar a sorte no país. Uma de suas amigas a teria indicado para trabalhar na casa do jogador, tendo o primeiro dia na festa de 27 anos de Neymar, no início de 2019.
Em maio de 2020, foi contratada novamente para exercer várias tarefas e conquistou a confiança da família, se tornando, em 2021, funcionária em tempo integral do atacante. Desde então, passou a cuidar da limpeza da casa e realizava trabalhos fora do combinado, como fazer as unhas de Carol Dantas, mãe de Davi, primeiro filho de Neymar.
Segundo o jornal Le Parisien, os advogados da ex-funcionária tentaram um acordo amigável com o atleta, mas não tiveram retorno. O caso foi designado para o tribunal industrial de Saint-Germain-en-Laye.
(Beatriz Moura, estagiária sob supervisão do editor web de OLiberal.com, Felipe Saraiva)