Entenda por que o Parazão 2025 foi suspenso: Irregularidades, punições e paralisação
Capitão Poço perde 18 pontos, é rebaixado e recebe multa de R$ 30 mil; Tuna Luso perde 7 pontos e paga R$ 10 mil. Entenda os motivos que levaram à suspensão do torneio
O Campeonato Paraense 2025 (Parazão) foi suspenso em março após uma série de decisões judiciais e conflitos entre clubes, Federação Paraense de Futebol (FPF) e o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PA). A crise começou com denúncias de irregularidades na inscrição de jogadores e culminou em uma paralisação sem precedentes. Veja os motivos que levaram à suspensão do torneio:
1. Uso irregular de jogadores abaixo de 20 anos
- Denúncia inicial: Os clubes Caeté e Independente acusaram Capitão Poço e Tuna Luso de utilizarem atletas menores de 20 anos sem contrato profissional, violando o regulamento do campeonato.
- Regra quebrada: O Parazão exige que jogadores dessa faixa etária tenham vínculo profissional registrado em carteira. Amadores só podem atuar em categorias de base, não no time principal.
VEJA MAIS
2. Punições do TJD-PA
- Capitão Poço: Perdeu 18 pontos (retrocedendo para -7 na tabela) e foi multado em R$ 30 mil. A punção o rebaixou à Série B.
- Tuna Luso: Perdeu 7 pontos e pagou R$ 10 mil de multa, saindo da zona de classificação para as quartas de final.
- Impacto imediato: A tabela do campeonato precisaria ser totalmente refeita, alterando confrontos do mata-mata e rebaixamentos.
3. Pressão dos clubes e falta de logística
- 8 dos 12 clubes pediram a suspensão do Parazão, alegando que a FPF não conseguiria reorganizar a tabela a tempo.
- Problemas logísticos: Jogos das quartas de final já estavam marcados, com ingressos vendidos (ex: Remo vendeu 10 mil entradas). Remarcar os confrontos exigiria semanas de replanejamento.
4. Falta de consenso entre FPF e TJD-PA
- FPF x Justiça Desportiva: A Federação tentou manter o campeonato, mas o TJD-PA negou um pedido de efeito suspensivo, obrigando a paralisação.
- Declaração polêmica: O presidente da FPF, Ricardo Gluck Paul, afirmou que "não é papel da federação fiscalizar os clubes", transferindo a responsabilidade pelas irregularidades às equipes.
5. Novas denúncias e incertezas
- Remo e Bragantino também foram denunciados pelo mesmo motivo, com julgamento marcado para 13 de março.
- Risco de mais punições: Se condenados, os dois clubes perderiam pontos, forçando nova alteração na tabela e prolongando a crise.
Consequências da suspensão
- Rebaixamento controverso: Capitão Poço contestou a punição e anunciou recurso ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).
- Prejuízos financeiros: Clubes perderam receita com bilheteria, patrocínios e transmissões.
- Calendário em colapso: A paralisação ameaçou o início do Brasileirão Série B, já que times como Remo e Paysandu precisam cumprir agendas nacionais.
O que esperar agora?
- Recursos jurídicos: Capitão Poço e Tuna Luso buscam reverter as punições no STJD.
- Possível retomada: A FPF prometeu "trabalhar com celeridade", mas não há prazo para o campeonato voltar.
- Lições aprendidas: O caso expôs falhas na fiscalização de contratos e na comunicação entre FPF, clubes e Justiça Desportiva.