Copa do Mundo: Saiba qual a maior distância entre estádios no Qatar, menor país a receber o mundial
O país é quatro vezes menor que a Suíça, anteriormente menor país a receber uma Copa; seleções serão beneficiadas, mas país terá desafios logísticos no recebimento de torcedores
A Copa do Mundo de 2022, que será disputada no Qatar, está sendo marcada por diversas peculiaridades. O torneio que normalmente é disputado no meio do ano foi transferido para novembro e dezembro, por conta das altas temperaturas na região. Além disso, o país também é o menor de todos os que já sediaram a competição.
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O Qatar possui uma extensão de 11.571 mil quilômetros quadrados. A Suíça, país que anteriormente detinha o título de menor anfitrião, tem 41.285 quilômetros quadrados, quase quatro vezes mais. Para se ter uma ideia da curta distância, os estádios que estão mais afastados são o Al-Wakrah e o Al-Bayt, separados por pouco mais de 60 quilômetros, segundo o Google Maps. A distância pode ser percorrida em menos de uma hora, de carro.
Seleção Brasileira vai viajar 30 vezes menos
Em 2018, na Rússia, o Brasil viajou mais de 1.500 quilômetros somente durante a fase de grupos, e agora, no Qatar, serão apenas 50 quilômetros. A Inglaterra chegou a percorrer 3.285 quilômetros na Copa do Mundo disputada no Brasil, em 2014. Serão apenas 104 quilômetros em 2022.
Portanto, a competição poderia ser considerada uma “copa do bolso”. Quatro dos oito estádios em que a Copa será disputada estão localizados em Doha, capital do país. Apesar de ser bom para as seleções o pouco deslocamento, a logística de recebimento de turistas será um pouco complicada esse ano.
Hospedagem para a Copa do Mundo pode ter dificuldades
A agência Associated Press afirma que serão disponibilizados 90 mil quartos de hotel no país, que espera receber 1,2 milhões de torcedores durante a competição. Para contribuir com o acolhimento dos torcedores, são oferecidas outras opções, como cabines de camping e estadias em navios.
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Além desta solução, empresas aéreas disponibilizam passagens de ida e volta no mesmo dia, permitindo que o torcedor se desloque para o país para ver um jogo e embarque de volta, sem precisar dormir no país do Oriente Médio. Segundo a Folha de S. Paulo, até janeiro de 2021, houve um boicote de países da região contra o Qatar, pela crença de que o país acoberta e financia atos de terrorismo.
Essa “sabotagem” fez com que a Fifa agisse nos bastidores para liberar o bloqueio que havia sido imposto pelos países da região. Para a federação, a possibilidade de deslocamento entre os países vizinhos aliviaria o problema de logística, apesar de não resolvê-lo.
Fifa pede que organizações não discriminem torcedores
Outro problema que a entidade teve que resolver foi mais “cultural”. A Fifa solicitou que todos as organizações concordem com uma cláusula de não discriminação, sob a pena de exclusão de credenciamento para a competição. Isso se deu após jornalistas noruegueses terem tentado se hospedar em hotéis fingindo ser um casal homossexual e serem impedidos de reservar um quarto em três locais diferentes.
(Estagiário Gabriel Mansur, sob supervisão do editor executivo de OLiberal.com, Carlos Fellip)
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