Castanhal: Cresce o número de adeptos do ciclismo amador
Eles são facilmente identificados pelas ruas por usarem bikes diferenciadas, assim como os acessórios e roupas especiais para pedalar
A bicicleta, magrela ou bike como é mais chamada atualmente, é parte da infância, desde os modelos com rodinhas para quem estava começando. Na vida adulta ela sempre está presente, seja como forma de locomoção ou como prática de esporte e lazer.
Em Castanhal, nordeste do estado, um enorme grupo de pessoas faz do ciclismo um modo de vida. São conhecidos como “a galera do pedal”. Eles são facilmente identificados pelas ruas por usarem bikes diferenciadas, assim como os acessórios e roupas especiais para pedalar.
O encontro deles acontece geralmente nas noites das terças e quintas, na praça do Estrela e costumam pedalar até municípios vizinhos como São Francisco do Pará ou Inhangapí. O grupo é grande e fazem parte pessoas do nível iniciante ao mais avançado.
A explosão do pedal em Castanhal começou com a pandemia, quando as academias fecharam e as pessoas procuraram outras formas de se exercitar. A personal e empresária Tayná Melo diz que o município tem seis grandes grupos de apaixonados pelo pedal. “Tem dias que somente o grupo das terças e quintas reúne mais de 150 pessoas. É prova do quanto está crescendo essa prática entre os moradores de Castanhal e municípios vizinhos. No mesmo grupo temos pessoas com o intuito de se exercitar, que focam no desempenho, e as que querem somente passear e fazer amizade”, explicou.
Fazer amigos é algo bem fácil de acontecer no pedal. O empresário Alan Souza está há mais de 5 anos praticando o ciclismo na cidade e destaca o relacionamento como uma das coisas mais legais do pedal. “Aqui a gente acaba conhecendo muitas pessoas. Sempre tem alguém novo entrando e isso cria um vínculo de amizade. E todo mundo passa a se conhecer”, disse.
O jornalista e servidor público, João Filho, entrou no pedal por recomendação médica.
“Quando fiz 40 anos tive alguns problemas de saúde e o médico me orientou a praticar esporte. Eu já gostava de jogar futebol, mas resolvi entrar para o ciclismo e foi o que realmente deu ceto. Estou há mais de 2 anos no pedal e me sinto muito bem”
Vendas impulsionadas
As vendas de bicicletas próprias para a prática do pedal e de acessórios e roupas cresce na mesma proporção que crescem os adeptos da modalidade. Por isso nos últimos dois anos muitas lojas do seguimento abriram as portas em Castanhal.
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Uma delas é a da personal Tayná Melo que percebeu a carência dos produtos no município e resolveu investir. “No começo todos saiam daqui para comprar em Belém e eu percebi que poderíamos ter uma loja aqui. Então convidei meu noivo e minha cunhada para abrir uma loja. E está dando certo. Sós crescem as vendas”, explicou.
Para iniciar na modalidade tem que fazer um pequeno investimento. A bicicleta mais acessível custa em torno de 1,800 reais e a amais cara pode passar dos 60 mil. “Tem bicicleta para todos os bolsos. Mas não precisa ser a mais cara”, disse a empresária.
Tem também os acessórios e a roupa. Capacete, short ou calça com tecido especial para não causar atrito com o selim da bicicleta, meias de compreensão e as sapatilhas para dar mais aderência aos pedais.
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