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Carol Solberg explica protesto contra Bolsonaro e critica ética do Santos em caso Robinho: 'Um absurdo'

A jogadora de vôlei de praia se diz surpresa com repercussão de sua manifestação política

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A jogadora de vôlei de praia Carol Solberg falou, em entrevista ao jornal O Globo, sobre sua manifestação política ao vivo contra o presidente Jair Bolsonaro e criticou o Santos pela contratação do atacante Robinho, condenado em primeira instância por violência sexual na Itália.

A atleta fez comparações com outros atletas que já se manifestaram apoio ao presidente publicamente .

- Tenho certeza de que se eu tivesse gritado "Bolsonaro, mito!", nada teria acontecido. O Felipe Melo (jogador do Palmeiras) dedicou um gol ao presidente e não aconteceu nada. Os jogadores da seleção masculina de vôlei Maurício e Wallace fizeram o número 17 com as mãos e também não foram punidos. E eles se manifestaram no auge da campanha eleitoral - afirmou Carol.

Ao tratar da contratação de Robinho pelo Alvinegro Praiano, Carol considerou irresponsável e citou o caso do goleiro Bruno.

- Uma irresponsabilidade! Cogitar o nome de uma pessoa que foi condenada por estupro para estar em campo atuando como ídolo, comemorando gol, é um desrespeito, uma violência contra as mulheres. Falaram que o que eu fiz foi antiético. Pô, um cara que foi condenado por estupro pode estar em campo? É um absurdo! E o goleiro Bruno? O cara matou a Eliza Samudio. Hoje, faz selfie com crianças no Acre. Sou a favor dos presos se reintegrarem, mas estamos falando de jogadores com dinheiro. Podem voltar a trabalhar em outro ramo. Como ídolo não dá! - constatou a jogadora.

Em setembro deste ano, durante uma transmissão do SporTV, Carol gritou "Fora, Bolsonaro". Ela foi condenada a pagar uma multa, mas recorreu e conseguiu converter a condenação em advertência.

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