Jogadores brasileiros que jogam na Ucrânia começam a desembarcar no Brasil
Emocionados, atletas conversam com jornalistas na chega ao Brasil. Maior parte desembarcou em São Paulo
Os jogadores e profissionais brasileiros do Shakhtar Donetsk e do Dínamo de Kiev, da Ucrânia, já estão no Brasil após momentos de terror e tensão causados pela guerra com a Rússia. Uma delegação formadas pelos atletas e suas respectivas famílias começou a desembarcar em São Paulo na manhã desta terça-feira.
O volante Maycon, do Shakhtar, foi o primeiro a chegar. Ele desceu no Aeroporto Internacional de Guarulhos junto com a esposa, Lyarah Vojnovic, e o filho.
Outros brasileiros do Shakhtar que desembarcaram em São Paulo nesta terça-feira foram Dodô, lateral-direito ex-Coritiba; o atacante Pedrinho, ex-Corinthians; o atacante Fernando, ex-Palmeiras, além de Luciano Rosa, preparador físico. Eles conseguiram deixar a Europa via França. Já no Rio de Janeiro pousou o zagueiro Marlon, ex-Fluminense.
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Emoção pela volta
Maycon foi recebido por vários jornalistas no saguão do aeroporto de Guarulhos e não escondeu a emoção de voltar ao Brasil. Ele escapou da Ucrânia pela Romênia, de onde seguiu até Frankfurt, na Alemanha, para voar para casa.
"Numa palavra não daria para definir esses últimos dias. Foi uma mistura de sentimentos, de terror, de medo. Depois uma sensação de alívio, de gratificação por poder sair e com todos bem", afirmou Maycon.
O zagueiro, ex-Corinthians, está no Shakhtar desde 2018 e se disse surpreso com a eclosão da guerra na Ucrânia.
"[A invasão pela Rússia] Pegou um pouco a gente de surpresa. Sabíamos do risco, mas tínhamos diversas informações e não acreditávamos que seria daquela forma. Maior tristeza foi porque tinha esposa, filho, pai e mãe comigo e não queria que eles passassem por isso. Mas graças a Deus saímos todos juntos", contou, aliviado.
Já Dodô, que chegou à Ucrânia em 2017, possui contrato com o Shakhtar até 2025, mas não sabe como será o futuro.
"Agora não é momento de falar sobre isso. Só quero curtir minha família. E torcer para Ucrânia, porque é um país que amo. O resto deixo com meus empresário, pois acabo de sair de uma guerra e não é hora de pensar em futebol", respondeu Dodô ao ser perguntado se voltaria ao clube.
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