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Aos 64 anos, Bernardinho reassume comando técnico da seleção brasileira masculina de vôlei

Ele assume o posto no lugar de Renan Dal Zotto, que deixou o cargo em outubro

Luiz Guilherme Ramos

Bernardinho, 64 anos, retorna como técnico da seleção masculina de vôlei do Brasil, sucedendo Renan Dal Zotto, que pediu demissão após a classificação para os Jogos de Paris 2024, em outubro. A notícia foi divulgada em primeira mão pelo "Jornal Nacional" nesta quarta-feira (27).

O ex-jogador, empresário e treinador já ocupava o cargo de coordenador das seleções masculinas desde setembro do ano em curso, e continuará nessa função enquanto assume os postos de técnico da seleção principal masculina e do Sesc-Flamengo. Em abril do próximo ano, ele começará os treinos em Saquarema (RJ), como preparação para a Liga das Nações, prevista para maio no Rio de Janeiro.

“Com a decisão pessoal do Renan, de se afastar momentaneamente do voleibol e da seleção brasileira, eu reassumo esse cargo no intuito de dar continuidade ao belo trabalho feito por ele. Espero contribuir de alguma forma com a minha experiência para que a gente possa buscar a tão almejada medalha em Paris”, declarou Bernardinho.

Presidente da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), Radamés Lattari, entende que, neste momento, Bernardinho é a "solução ideal" a sete meses das Olimpíadas.

“O Bernardinho tem qualidades indiscutíveis tecnicamente. Tem experiência, fazia parte do processo como coordenador, acompanhou o trabalho do Renan, então nada mais justo do que pensarmos no melhor para o vôlei brasileiro. E neste momento a solução ideal é o Bernardinho”.

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O treinador, bicampeão olímpico com a seleção (Atenas 2004 e Rio 2016), reassume a posição que deixou após a conquista do ouro olímpico há oito anos. Ele esteve presente em todos os Jogos desde Atlanta 1996 como técnico, exceto em Tóquio 2020. Ao longo de sua carreira, acumula sete medalhas olímpicas, sendo uma prata como jogador (1984), dois bronzes dirigindo a seleção feminina (1996 e 2000), além de dois ouros (2004 e 2016) e duas pratas (2008 e 2012) com a equipe masculina.

Desde o início do século, a seleção masculina de vôlei teve apenas dois treinadores: Bernardinho (de 2001 a 2016) e Renan Dal Zotto (de 2017 a 2023). Em setembro passado, Bernardinho assumiu a coordenação das seleções masculinas, desde as equipes de base até a adulta, com a missão de planejar o trabalho visando os Jogos Olímpicos de Paris 2024, Los Angeles 2028 e Brisbane 2032, conforme informado pela CBV.

No início deste ciclo olímpico para Paris, Bernardinho comandou a seleção francesa masculina de vôlei por sete meses, de agosto de 2021 a março de 2022, antes de deixar o cargo por motivos pessoais, optando por ficar com suas filhas no Brasil após sua separação da ex-jogadora Fernanda Venturini.

Bernardinho acumula três títulos em Mundiais, duas Copas do Mundo e oito Ligas Mundiais com a seleção masculina, além de liderar continuamente o projeto da equipe feminina de vôlei do Rio de Janeiro desde 2004. Atualmente, o Sesc-Flamengo está na vice-liderança da Superliga.

Renan Dal Zotto, amigo de Bernardinho, deixou a seleção brasileira após a vitória sobre a Itália no pré-olímpico, garantindo a vaga para Paris 2024. Ele afirmou que decidiu dar uma pausa por motivos familiares e orientação médica, após ter sido hospitalizado devido à Covid-19 em 2021.

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