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Advogada de acusado de insulto a Vinicius Jr. nega racismo e alega resposta a provocações do jogador

Dois dos três jovens acusados de racismo contra o atacante brasileiro prestaram depoimento nesta segunda-feira na Espanha

Pedro Pereira

A advogada de um dos três jovens acusados de proferirem insultos racistas contra o atacante Vinicius Jr. durante a partida entre Real Madrid e Valencia, pela LaLiga em maio, afirmou que seu cliente admitiu ter praticado os gestos ofensivos, mas negou qualquer ato de racismo. Juana Blázquez defendeu os torcedores argumentando que suas ações foram uma resposta às provocações feitas pelo jogador brasileiro.

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Blázquez pontuou que "os gestos que esses torcedores podem ter feito não têm intenção de violência racista ou ódio contra esse jogador ou qualquer jogador negro". Segundo a advogada, tudo ocorreu no contexto de uma partida de futebol em que o jogador provocou o estádio e os torcedores.

Nesta segunda-feira (19), dois dos três acusados, com idades entre 18 e 21 anos, compareceram perante a Justiça de Valência. Eles responderam apenas às perguntas de seus advogados e apresentaram suas versões dos acontecimentos.

O terceiro acusado não compareceu à Justiça devido a motivos pessoais, e seu depoimento foi adiado para julho, conforme informado por Manuel Izquierdo, advogado do jovem. Izquierdo reiterou que os acusados não cometeram nenhum ato racista e enfatizou que são pessoas "totalmente normais" que não pertencem a torcidas organizadas ou possuem qualquer envolvimento com grupos radicais.

Relembre o caso

Três jovens foram denunciados pelo Ministério Público de Valência por crime de ódio contra Vinicius Jr. após incidentes ocorridos no estádio de Mestalla durante a partida entre Real Madrid e Valencia pela LaLiga, em 21 de maio. Torcedores do clube espanhol proferiram insultos racistas, chamando o atacante brasileiro de "macaco".

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O jogo foi temporariamente paralisado por cerca de cinco minutos e retomado em seguida. Vinicius Jr. acabou sendo expulso no final da partida após acertar o rosto de um adversário, mas a decisão foi posteriormente anulada pelo Comitê de Competição da Federação Espanhola de Futebol (RFEF).

Os três jovens foram detidos dois dias após o ocorrido, mas foram posteriormente liberados após prestarem depoimento. O processo do caso foi encaminhado pela Promotoria a um tribunal de instrução, onde um juiz irá decidir se haverá julgamento contra os acusados. Na Espanha, as denúncias do Ministério Público passam pela fase de instrução antes de determinar se os acusados serão ou não levados a julgamento.

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