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Setor de serviços deve gerar mais empregos em 2024

Projeção aponta influência da COP 30 na geração de empregos

Emilly Melo
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O ano de 2024 deve trazer maiores oportunidades para quem está em busca de uma oportunidade de trabalho. As projeções apontam que, no próximo ano, vários setores da economia devem ser impulsionados, sobretudo, pela expectativa com a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que acontecerá em Belém em 2025. O principal segmento influenciado será o de serviços, avalia Everson Costa, supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA).

Everson destaca que os profissionais que possuem experiência com hotéis, bares e restaurantes podem ter boas oportunidades com o evento. Além disso, ele ressalta que a capacitação, especialmente para um segundo idioma, será um diferencial para as contratações, e ainda pontua outros setores que devem abrir novas vagas.

“Existe uma estrutura de recepção que já tá se movendo. A gente tem também o setor da construção, com algumas obras que já estão acontecendo para recepcionar esse público que deve vir para a COP. Também temos o setor de transporte que vai ser impactado, desde o transporte coletivo da capital até mesmo os aplicativos. Tem uma mobilidade de pessoas, recursos, circulação, que deve se intensificar ainda mais nesse ano 2024, e isso com certeza, deve influenciar em todos os setores de emprego aqui, inicialmente, na região metropolitana, e parte disso com alguma influência também no restante dos municípios. Então, teremos muito emprego sendo gerado por conta da COP e seus investimentos”, declara Everson.

Apesar de Belém ser o município com a maior movimentação de emprego formal, a concentração de postos de trabalho está no interior do Estado, conforme indica o supervisor técnico do Dieese-PA.

“Cerca de 70% dos postos de trabalho gerados estão praticamente no interior do Estado, uma parte pequena, em torno de 30%, estão nos municípios da região metropolitana, onde está a maior população do Estado. Então, tem o desafio para esses municípios com maior população gerar emprego.”

As principais ocupações que ancoram a capital paraense estão centralizadas no comércio e serviços. Já nos municípios subsequentes que mais geram emprego, Canaã dos Carajás, Parauapebas, Marabá e Barcarena, a mineração e a indústria rebocam os demais setores. “A construção civil também tem uma desenvoltura muito boa nos demais municípios, dependendo da região e do município. Temos, até o final do ano, a possibilidade real de ter um importante saldo positivo de postos de trabalhos”, pondera.

Por outro lado, um dos principais desafios do mercado paraense é na verticalização da produção feita no Estado, que, predominantemente, se ampara na exportação de produtos primários. “Precisamos transformar a soja em óleo, o minério em panela, ou seja, dinamizar essa economia. O Pará é uma potência do agronegócio, então temos muitas possibilidades, mas os desafios nos acompanham. Todas as projeções de crescimento vão na mesma tendência: o Pará vai crescer”, enfatiza Costa, ressaltando que, apesar do Pará ser o 11º estado brasileiro que mais gera emprego no país, o crescimento regional também depende do cenário externo e da economia mundial.

Empregos gerados no Estado

Um estudo produzido pelo Dieese, a partir dos dados oficiais do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, mostra um saldo positivo na geração de empregos formais no acumulado de janeiro a novembro de 2023.

No comparativo entre admitidos e desligados, o resultado é de crescimento, com um total de 421.265 admissões, contra 365.731 desligamentos, gerando um saldo positivo de 55.534 postos de trabalhos formais, sendo 12% maior que o registrado no mesmo período do ano passado (Jan-Nov/2022) quando foi registrado um saldo de 49.432 postos de trabalhos.

O balanço também aponta que todos os setores de atividades econômicas apresentaram crescimento na geração de empregos formais neste ano, com o setor de serviços mantendo o destaque sobre os demais e um saldo de 21.237 postos de trabalhos, seguido do setor da construção, com 12.681 postos de trabalhos; comércio, com 10.342 postos; indústria, com 9.227 postos; e agropecuária, com saldo positivo de 2.052 postos de trabalhos.

Em todo o Norte, no acumulado para o ano de 2023 (janeiro a novembro), foram feitas um total de 1.048.204 admissões, contra 922.015 desligamentos, gerando um saldo positivo de 126.189 postos de trabalhos. Ainda este ano, todos os Estados que compõem a região apresentaram crescimentos de empregos formais no comparativo entre admitidos e desligados. Além do Pará, o Amazonas também se destaca com saldo positivo de 25.104 postos de trabalhos, seguido do Tocantins com 15.381 vagas preenchidas.

O estudo mostra também que, no acumulado de dezembro de 2022 a novembro de 2023, o saldo foi positivo, com geração de 38.529 empregos formais no Pará.

 

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