Sebrae anuncia vencedoras do Prêmio Mulher de Negócios

A iniciativa reconheceu a inovação de uma clínica de saúde capilar, de Belém, e de sítuo agroecológico e projeto de moeda social, ambos de Igarapé-Açu.

Enize Vidigal
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O Prêmio Sebrae Mulher de Negócios anunciou as vencedoras da etapa estadual na noite desta quarta-feira, 18, em cerimônia realizada na sede do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Luciana Athayde foi a primeira colocada da categoria Produtora Rural com o sítio agroecológico Tolu, de Igarapé-Açu; Carolina Magalhães venceu na categoria Microempreendedora Individual com o projeto Movimento Moeda Verde, também de Igarapé-Açu; e Danielle Levy de Sá venceu na categoria Pequenos Negócios com da clínica de saúde capital Raizz, de Belém.

Foram premiadas as três primeiras colocadas de cada categoria, totalizando nove empreendedoras de vários municípios. Elas receberam troféus e diplomas, sendo que as grandes vencedoras também ganharam consultoria personalizada e o curso Empretec, voltado a redefinir a visão de mundo, liderança e senso de oportunidade dos empreendedores. Ainda, as vencedoras participarão da premiação regional, com chance de concorrer também na etapa nacional, em novembro.

“Esse prêmio é muito importante para o Sebrae porque acaba incentivando o empreendedorismo feminino. Antes da premiação, trabalhamos toda uma etapa, que é o Sebrae Delas, que começa toda uma capacitação e as empreendedoras vão se afirmando como geração de negócio no estado e depois elas participam dessa participação”, conta a  diretora técnica do Sebrae-Pará, Domingas Ribeiro. 

Este ano, o prêmio recebeu 143 inscrições de 38 municípios paraenses. “Da região Norte, o estado que mais recebeu inscrições foi o Pará, este ano”, acrescenta.

Também participaram da solenidade, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Carlos Xavier, e o delegado da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Conrado.

Premiadas

“Esse prêmio representa a resiliência da luta da mulher do campo, da mulher que precisa ser ouvida e vista, sem estereótipos e sem preconceito e machismo”, destacou Luciana Athayde na premiação. Ela e o marido decidiram mora no campo em 2009. Eles reflorestaram um terreno sozinhos e estabeleceram uma relação com os comerciantes da cidade, que doam resíduos orgânicos diariamente, chegando a 120 toneladas por ano. O que era lixo vira composto para adubação de hortifrutigranjeiros. “Os resíduos viram comida saudável, sem insumos agrícolas Fazemos produtos in natura e artesanais, que comercializamos a preço justo, além de mitigar problemas do lixão a céu aberto que existe no município.”  

image Ao todo, 9 empreendoras foram premiadas. (Cristino Martins/ O Liberal)

Já Carolina Magalhães, criou um negócio de impacto socioambiental a partir de um projeto de coleta seletiva que, com o uso de uma moeda verde, possibilitou a pessoas em situação de vulnerabilidade o acesso a microcrédito em um banco comunitário de Igarapé-Açu, que viabiliza a gestão sustentável dos resíduos sólidos. “É o reconhecimento de um trabalho de empreendedorismo social, que iniciou em 2019 e que trabalha com os três eixos da sustentabilidade: tem que dar lucro, mas também tem que ser socialmente importante para o município e ambientalmente responsável. A gente conseguiu instituir uma moeda verde com poder de compra e implantar a coleta seletiva no município, que enviou mais de 600 toneladas de materiais para reciclagem”.

“Conquistar isso é engrandecedor, é lindo, é importante e incentiva a nós mulheres a nunca desistir dos nossos sonhos”, comemorou Danielle Sá. Ela começou o negócio após sofrer com um problema capilar e não encontrar atendimento especializado em Belém. Ela abriu uma clínica exclusiva para tratamentos capilares, com uma equipe composta somente por mulheres. A empresária desenvolveu uma linha própria de produtos veganos certificada pela Anvisa, recebeu convite da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) para expor em feiras internacionais e se prepara para lançar o seu primeiro produto nos Estados Unidos.

Demais premiadas

Ao todo, nove empreendedoras foram premiadas na etapa estadual: A categoria de Produtora Rural teve como 2a colocada, Carmélia Pinon, da Fazenda Água Boa, no município de Breu Branco; e como 3a colocada Izete Costa, mais conhecida como Dona Nena, da casa de chocolate Filha do Combu, de Belém. 

A categoria de Microempreendedor Individual teve como 2a colocada, Jayne Modolon, da consultoria de marketing digital para mulheres, de Marabá; e 3a colocada, Ana Cleia de Azevedo, da loja Graciosa Plus Size, de Altamira. 

E a categoria de Pequeno Negócio, teve como 2a colocada, Ana Lídia Ribeiro, da Uruçum Hidromel da Amazônia, de Belém; e 3a colocada, Fernanda Nery, da loja Oba Brinquedos, de Abaetetuba.

A premiação foi dada por um júri formado por técnicos do Sebrae que avaliou a inovação dos negócios, com a análise de resultados, de geração de renda e da força da mulher como empreendedora.

 

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