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Mercado promissor: paraenses investem em sandálias personalizadas e planejam marca própria

Objetivo a longo prazo é diversificar clientes e alcançar outras regiões

Maycon Marte

A customização de sandálias demonstra potencial de lucro em até 70% sobre os produtos, representando fonte de renda para empreendedores locais, embora ainda seja um mercado emergente na capital paraense. A empresária paraense Tatiane Silva, originalmente do ramo de hotelaria, já atua há 10 anos com a comercialização de sandálias personalizadas, sendo atualmente cerca de 60% da sua renda. Ela destaca como principal dificuldade para empreender nesse segmento, em Belém, a falta de materiais produzidos dentro da cidade ou da região Norte de maneira geral, o que força a dependência da importação de outras regiões do país.

A empresária explica que passou a focar nos eventos que utilizam as sandálias personalizadas como brinde por representarem a maior parcela das encomendas, sendo os principais: formaturas, casamentos e aniversários de 15 anos. Apesar de ser um público rentável, Tatiane destaca que o fluxo de pedidos é diretamente influenciado pela sazonalidade desses eventos. A variação de pedidos gira em torno de 400 a 500 pares fora de períodos com alta demanda, quando a realização de eventos aumenta, e pode alcançar até 800 na alta demanda.

“Épocas de começo, meio e fim de ano tem muita formatura, a gente chega a fabricar de 700 a 800 sandálias por semana e aí nesses períodos a gente começou também atender muito o público de empresas empresas, também investindo em congressos que querem fazer as sandálias personalizadas”, explica.

De acordo com a empreendedora, o lucro em cima dos pares comercializados segue a variação, ficando entre 60% e 70%. As sandálias são comercializadas por R$ 18 a partir de 10 pares, e por R$ 14, a partir de 20 pares. Tatiane reforça que adotou um valor padrão, para todos os clientes, como forma de ser justa com a clientela.

Desafios do setor

A dificuldade de encontrar matéria prima para a fabricação das sandálias na região norte, ainda é o principal obstáculo da empresa que enfrentou a escassez de informação e produtos desse segmento desde o começo. Em 10 anos de existência, pelo menos 5 foram utilizados para aperfeiçoamento de técnica e aquisição de equipamento, inclusive construindo uma das máquinas do zero, devido a mesma dificuldade. A maioria dos materiais usados na fabricação são importados do nordeste, encarecendo a produção, ao mesmo tempo que os mantém como única fabricante do norte.

Futuro do negócio

Seguindo a estratégia de ampliação dos consumidores, a empresa afirma aproveitar a vantagem de, segundo eles, serem os únicos fabricantes do produto em Belém e na região norte. “Como a gente é a única fábrica na cidade, então a gente atende desde as pessoas que trabalham com os terceirizados até o público final e esse público vem crescendo cada vez mais por isso temos nos especializado principalmente em formaturas, casamentos e 15 anos que é o nosso carro-chefe, onde tem a maior demanda”, explica Tatiane. Dessa forma, abastecem tanto os clientes que necessitam da matéria bruta, sem personalização, até os que desejam sua marca estampada nas sandálias.

O próximo passo, segundo a empresa, é lançar uma marca própria originalmente paraense e alcançar novos mercados. A empreendedora celebra que, de maneira ainda tímida, os primeiros modelos já começaram a ser comercializados no interior do estado, com um retorno positivo dos consumidores. O objetivo a longo prazo é profissionalizar cada vez os modelos personalizados.

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