Feira de Artesanato do Círio registra mais de 50 mil visitantes e vendas acima de R$ 1,4 milhão
A edição 2023 inovou e agregou às peças artesanais os biocomésticos da biodiversidade amazônica e a gastronomia regional, com a Barraca da Nazinha, com a culinária típica do Pará
A Feira de Artesanato do Círio (FAC) promovida pelo Sebrae Pará se consolidou como o maior evento de mercado anual do segmento. Após sete dias de funcionamento, a FAC se encerrou na noite deste quarta-feira (12), com ótimos resultados, apontando no balanço parcial 50 mil visitantes e mais de R$ 1,4 milhão em vendas, informou a coordenadora da Feira, Vera Rodrigues, analista do Sebrae.
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"O balanço é muito positivo. Até terça-feira (10) o volume de negócios chegou a R$ 1, 4 milhão, e se igualou ao do ano passado, então o de 2023 será superior porque ainda não computamos o dia de hoje (quarta-feira, 11), o que só faremos nesta quinta-feira (12)”, disse a coordenadora da FAC, Vera Rodrigues.
Ela afirmou que o retorno dos 130 expositores foi ótimo. “O nível de satisfação deles é alto, não poderia ser melhor. Há expositores que faturaram 15 mil reais, 20 mil e até 28 mil reais. Gente que ficou sem produtos para vender na primeira noite da Feira”, afirmou a analista.
Vera recordou que uma família de expositores do setor de Arte do Círio vendeu toda a produção na primeira noite. “Bonequinhos, promesseiros na corda, em canoas, feitos em tecido. Teve barraca de miriti que também vendeu tudo”, assegurou a analista do Sebrae.
FAC 2023 surpreendeu com bioscomésticos e gastronomia
A edição 2023 inovou e agregou às peças artesanais os biocomésticos da biodiversidade amazônica a partir de óleos e essências extraídas de frutos como o bacuri, e, ainda com a gastronomia regional, com a Barraca da Nazinha, com a arte da culinária típica do Pará.
"Estamos levando esse conjunto de colar e brinco para minha sogra que é aniversário dela no próximo sábado. A gente está levando umas coisas de outros lugares, e estou pegando o cartãozinho porque gostamos de tudo, e quero comprar depois, pós-feira”, disse a jovem professora de inglês e português, Helena Berbare.
Helena estava com o namorado, Alan Barros, acadêmico de História na Unama: “Só este ano viemos duas vezes comprar presentes e a gente trouxe amigos, eles também compraram várias coisas. Nós compramos doces. Eu achei incrível e uma oportunidade maravilhosa para nós e para os artesãos, porque a gente consegue ver uma grande variedade de peças e preços são bons”.
Mizaque Matos está animado com as boas vendas dos colares e brincos com características marajoaras: “Essa produção é da Toque Divino Criações, cem por cento paraense. As matérias básicas que nós usamos são cerâmica, madeira, madrepérola e sementes amazônicas e os nossos fornecedores são as comunidades tradicionais. Estamos muito satisfeitos”.
"Trouxemos cerca de 300 peças e vendemos quase tudo, graças a Deus. A média de preços é 80 reais, alcançamos quase fechar já o nosso faturamento de R$ 24 mil”, afirmou Mizaque.
Quem também estava contente com as vendas era o abaetetubense Rosivaldo Araújo, com mais de 15 anos confeccionando e comercializando brinquedos de miriti, como pássaros, cobras, pequenos bonecos e os tradicionais casais dançando. “Foi bom, trouxe 500 peças e já vendi uma faixa de 400 peças”, disse ele, na noite desta quarta-feira (11).