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Último dia para TV, rádio, comício e som: quais estratégias os candidatos devem adotar?

Segundo o cientista político Rodolfo Marques, é fundamental os candidatos se mostrarem como a melhor opção para conduzir a cidade, além de reforçar o número do partido.

Jéssica Nascimento

Nesta quinta (3), é o último dia de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Também termina hoje a realização de comícios e o uso de aparelhagem de som fixo, entre às 8h e às 24h. A exceção é o comício de encerramento da campanha, que poderá ser prorrogado por mais duas horas. Esta semana marca, além disso, os últimos dias de campanha de rua, que vão até a véspera do primeiro turno, neste sábado (5).

“A principal estratégia deve ser reforçar a proposta. O encaminhamento ideológico não é o mais importante agora”, defende Rodolfo Marques. Doutor em Ciência Política e especialista em eleições, ele alega que   principalmente candidatos à prefeitura devem mostrar os diferenciais que justifiquem a escolha para comandar a cidade, seja ela qual for. Para Marques, “é fundamental os candidatos se mostrarem como a melhor opção para conduzir a cidade, além de reforçar o número.”

Qual a melhor estratégia para a TV?

Segundo o cientista político, é essencial o candidato mostrar na televisão ser a melhor opção e reforçar o número do partido. 

“E, se possível, apresentar um retrospecto não só da campanha, mas também do que já foi feito na trajetória política, como projetos e obras”, ressalta Marques. 

Segundo o professor, o candidato deve fazer uma espécie de prestação de contas de tudo o que já foi feito, até então, na carreira política, a fim de conquistar novos eleitores ou manter os votos consolidados. 

Qual a melhor estratégia para o rádio?

Marques defende que, no rádio, além de reforçar o número do partido, algo importante, os candidatos devem usar a comunicação sonora do veículo para envolver os eleitores já consolidados e ficar na memória de quem ainda está indeciso.   

O cientista cita o exemplo do jingle, slogan memorável com rimas, para envolver os cidadãos. “É também mobilizar algum tipo de memória afetiva, de lembrança, ainda mais se o candidato ou candidata tiver algum histórico de ocupação de cargo”, destaca.

Também é importante que os candidatos à reeleição, no último dia de propaganda no rádio, relembre avanços na gestão, como obras públicas e aspectos de emprego, renda, saúde. 

Qual a melhor estratégia nas ruas?

Segundo Rodolfo Marques, duas questões são fundamentais para os últimos dias de campanha de rua: a proximidade e a conexão com os eleitores. “(O candidato deve) mostrar pro eleitor que ele é o candidato que vai representar a sociedade na prefeitura ou na câmara municipal”, explica. 

Para o cientista político, a conexão do político com a sociedade pode ocorrer de diversas formas. “Conexões emocionais, conexões racionais, conexões de tomada de soluções de problemas. Isso tudo dentro de uma perspectiva reforça a ideia da ancoragem, o que o candidato pode estruturar, relacionar com o público”, destaca Marques.  

No último dia de comício,  quem disputa corrida eleitoral deve reforçar o número do partido e reforçar a conexão com o público. “Levar para os cidadãos de que você é a melhor solução, seja no campo executivo, seja no campo legislativo”, afirma.

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