Mais de 5 milhões de eleitores foram às urnas, e um milhão deixou de votar, diz TRE Pará
Abstenção foi de 17,32%
Em Belém, a diretora-geral do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA), Nathalie Castro, fez um balanço positivo do I Turno das Eleições Municipais de 2024 no Pará. O Tribunal avaliou que o planejamento e a logística garantiram eleições rápidas e seguras no estado. O resultado da eleição nos 144 municípios paraenses saiu às 22h24, uma marca histórica para o Tribunal em um primeiro turno. A diretora-geral do TRE, Nathalie Castro, afirmou que há "todo um grande planejamento que começa logo após cada eleição. E isso conta com uma equipe eficiente e capacitada", disse ela, em coletiva à imprensa, na tarde desta segunda-feira (7/10), na sede do TRE, no bairro da Campina.
Nathalie Castro acrescentou: “fomos às zonas eleitorais, ouvimos as demandas e fizemos muitos ajustes para garantir que tivéssemos uma totalização rápida. Não só por ser uma meta definida pelo presidente do TRE do Pará, desembargador Leonan Gondim Júnior, mas, por sabermos que quanto mais célere é o resultado, mais isso acalma o coração do eleitor".
Apuração recorde resulta de investimentos em pessoal e tecnologias, diz secretário de TI
Também participaram da coletiva o secretário de Tecnologia da Informação do órgão, Felipe Brito, e o chefe do Gabinete de Polícia Judicial, Alexandre Santos. O TRE informou que investiu R$ 64.040.783,72, em infraestrutura, pessoal e logística, e totalizou o resultado da eleição nos 144 municípios paraenses às 22h24, marca histórica para o Tribunal em um primeiro turno.
De acordo com o TRE Pará, do total de 6.226.373 eleitores no Pará, 5.147.818 foram às urnas, representando 82,67% da população eleitoral. Houve 17,32% de abstenção, isto é, 1.078.555 eleitores não foram votar no domingo (6/10).
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Sobre a votação, o TRE destacou que com relação às 22.742 urnas disponíveis para o pleito, 61 delas apresentaram problemas em 22 municípios do Estado. Com isso, 42 equipamentos precisaram ser substituídos nas seções eleitorais, o equivalente a apenas 0,2% do total de urnas, bem abaixo da previsão do TRE, que era de 12%.
O município de Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, foi o primeiro do País a totalizar os votos e divulgar o resultado nessas eleições. Além disso, pela primeira vez, Belém foi a capital do País a definir o resultado do pleito às 17h57. O tempo recorde ainda ficou três minutos abaixo da estimativa do TRE que, neste ano, instalou pontos de transmissão em todos os locais de votação da capital paraense.
Secretário de Tecnologia da Informação, Felipe Brito afirmou que para alcançar as metas o TRE revisou a logística, e mapeou geograficamente os locais de votação do estado. Ele também citou o uso de aeronaves, embarcações e outros meios de transporte para levar as urnas a todos os 5.831 locais de votação.
Houve investimento em avançadas tecnologias, incluindo a comunicação via satélite, e o aumento da quantidade de pontos de transmissão de dados, totalizando 1.603 unidades distribuídas pelas 101 Zonas Eleitorais.
"Eu acho que o Pará sempre é um exemplo bom, não só para o Brasil, mas para o mundo, quando o assunto é eleição, por conta da logística que envolve as dimensões territoriais e climáticas. Inclusive nesse pleito tivemos uma grande estiagem que se prolongou no oeste paraense e, ainda assim, conseguimos entregar as urnas e totalizar os resultados o mais cedo possível, o que mostra que o planejamento foi muito bem feito", reforça Felipe Brito.
Pará teve 149 crimes eleitorais, entre compra de votos e boca de urna
O tribunal informou que houve 149 crimes eleitorais registrados pelas polícias Civil e Federal. A maioria sobre compras de voto e boca de urna, um aumento de 50% em relação ao pleito eleitoral de 2022, no entanto, o balanço do TRE também foi positivo em relação à segurança do processo, explica o chefe do Gabinete de Polícia Judicial, Alexandre Santos. "Isso porque na eleição municipal, a tendência é ter um número de ocorrências sempre maior, por conta de uma atuação mais efetiva por parte das forças de segurança".
"O que acontece também em decorrência do trabalho de planejamento que o TRE do Pará realiza desde o início do ano. Assim, ocorreram diversas reuniões nos municípios polos do Estado, com a participação dos chefes de cartórios, juízes eleitorais e representantes das polícias locais. Sem a parceria, sem a integração do TRE com as forças de segurança, é impossível conseguir um planejamento adequado para a segurança das eleições", observou Alexandre Santos.