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Delegado Éder Mauro (PL) quer armar e treinar membros da Guarda Municipal em Belém

Segundo o candidato, o órgão possui hoje 1.107 servidores e o mínimo necessário para o trabalho é de 2.600

Elisa Vaz
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O Delegado Éder Mauro (PL) foi o penúltimo convidado da série de entrevistas do Grupo Liberal com os candidatos à Prefeitura de Belém. Recebido nos estúdios do veículo na última quarta-feira (11), ele teve a oportunidade de responder aos questionamentos dos apresentadores Abner Luiz e Elisa Vaz e também dos adversários que estão na corrida eleitoral, falando sobre suas propostas para a capital paraense. A série entrevistou todos os nove candidatos à Prefeitura de Belém, às terças, quartas e quintas-feiras, de 12h30 às 13h30, no programa Liberal + Notícias.

 

Confira um trecho da conversa e o perfil do candidato:

Pergunta: Candidato, por que o senhor deseja ser prefeito de Belém? O que motiva a sua candidatura?

Éder: Eu acho que é uma questão muito simples. A questão partidária é um conjunto, as decisões, às vezes, não são unilaterais, é preciso conversar com os líderes dos partidos, de forma estadual, de forma nacional, e foi o que aconteceu com a gente. Nós reunimos, eu, meu filho, que é deputado estadual, com algumas lideranças do partido aqui em Belém, fomos até Brasília e, em conjunto, decidimos que Éder Mauro seria o candidato à Prefeitura de Belém. Essa foi uma decisão tomada, nós tomamos as providências que tínhamos que tomar, agora querer ser prefeito de Belém não tem outra justificativa que não a de dizer que nós amamos a nossa cidade de Belém, sou natural de Belém, nascido em bairro pobre. Nós sabemos e conhecemos todas as dificuldades do nosso município, andamos em todos os quatro cantos da nossa cidade, não só como criança, jovem, adolescente que viveu na periferia, mas também como policial, o que o povo me confiou. Então, decidi ser prefeito de Belém em primeiro lugar por amar essa cidade. Belém não tem tido a sorte de ter gestores que amem o município de Belém, que amem a sua cidade, para que possam, verdadeiramente, fazer por ela, trabalhar por ela. O retrato está aí. Uma cidade abandonada, um verdadeiro lixão a céu aberto. Então, o ponto número um é amar essa cidade e trazer de novo a autoestima do povo da nossa cidade, que está completamente arrasada.

Vivemos, nos últimos anos, uma polarização na política brasileira, dividida entre direita e esquerda. Na sua opinião, quem é o seu eleitor hoje?

Eu diria, da forma mais natural e tranquila, que sou conservador, de direita, não sou extremista. Tenho um eleitorado próprio dentro da Grande Belém, meu maior eleitorado é dentro da capital paraense, e esse eleitor não é só do nicho de direita da qual faço parte. Tenho eleitorado de centro, até centro-esquerda. Estava, recentemente, em um supermercado de Belém e fui surpreendido por um casal de idosos me dizendo “nós vamos votar no senhor, mas vou lhe pedir uma coisa: não bata no Lula, porque nós somos de esquerda, mas não queremos mais a situação que está aí, essa cidade abandonada”. Então, meu eleitorado hoje é um eleitorado diverso em todos os sentidos, gêneros e até ideologicamente. Hoje meu eleitorado é aquele que quer o que é melhor para Belém.

O senhor é um dos grandes apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro na política. Caso eleito, como pretende lidar com as diferenças políticas em uma Belém que tem uma forte presença de lideranças progressistas e uma gestão atual de esquerda? Como garantir um diálogo produtivo?

Eu não vejo nenhum problema, Belém está acima de qualquer coisa. Nós vamos estar abertos, mesmo com diferenças ideológicas com o presidente da República ou com diferenças de pensamentos com o governador do Estado, Belém está acima de qualquer coisa. Se nós tivermos que sentar institucionalmente para tratar Belém como um todo, ou COP 30, ou qualquer assunto referente à cidade de Belém, ao homem e à mulher de Belém, nós vamos sentar de forma institucional para resolver os problemas de Belém. Eu não vejo problema em sentar com o governador do Estado ou com o presidente da República para que a gente possa resolver as coisas de Belém. Não acredito que a gente vá ter problema e eu acredito que tanto o presidente da República quanto o governo do Estado não vão se omitir ou querer não conversar conosco. Eu vou ser o prefeito de Belém, o povo vai me colocar na cadeira de prefeito de Belém, para que eles possam, junto com a gente, melhorar a vida do povo de Belém, e eu não vou ter dificuldade nenhuma em conversar com cada um deles.

A segurança pública é um dos temas mais preocupantes para os belenenses. O senhor diz que quer combater o crime organizado na capital. Quais serão as principais medidas para ampliar o trabalho das forças de segurança e combater o crescimento das facções criminosas nas periferias?

Belém hoje vive uma questão de segurança pública que é um caos. Se o governador quiser sentar para conversar sobre segurança pública comigo, eu conheço um pouquinho, passei 30 anos na rua defendendo a família, eu sento para conversar. Mas hoje Belém vive um caos. Você não pode mais sentar à porta da sua casa. O paraense tem esse costume e hoje não pode mais fazer isso porque é assaltado a qualquer momento. Hoje você não tem a segurança de mandar seu filho sozinho para a escola, ao shopping, ao cinema, porque ele é assediado pelo tráfico que quer viciar o seu filho. Temos a vergonha nacional de ver a nossa grande Belém ter uma organização criminosa se intitulando um braço de Estado dentro da nossa cidade. Os comerciantes e até mototaxistas têm que pagar taxa do crime para poder funcionar, se não são mortos, colocam fogo na sua moto, no seu comércio. Isso é uma vergonha. As Polícias Civil e Militar estão verdadeiramente amarradas para agir e colocar bandido no lugar de bandido. Vindo para a área municipal, que eu vou assumir como prefeito de Belém, não é diferente. A Guarda Municipal, que tem 1.107 homens e que precisa de no mínimo 2.600, está completamente amarrada também e nem tem o treinamento devido para que possam ir às ruas. Nós vamos aparelhar a Guarda Municipal, vamos armar a Guarda Municipal e treinar a Guarda Municipal, para que ela possa estar nas ruas não só defendendo o patrimônio público, mas defendendo a vida de cada homem e de cada mulher deste município de Belém. A Guarda Municipal faz parte do sistema de segurança e, assim, ela não tem só que defender patrimônio, tem que estar na rua aparelhada, armada e treinada para defender a vida de cada homem e de cada mulher da cidade de Belém.

Sobre mobilidade urbana, o que o senhor pensa, em termos de propostas, para Belém?

Belém vive um caos na mobilidade urbana, da qual o transporte público faz parte. Hoje temos duas falsas saídas que se afunilam dentro de Ananindeua, que já é um problema seríssimo. Temos uma somatória para esse caos e temos soluções imediatas para esse problema da mobilidade urbana. Em primeiro lugar, queremos fazer com que os sinais inteligentes sejam verdadeiramente implantados nos corredores da Almirante Barroso, da Duque de Caxias, da Pedro Álvares Cabral, para que a gente possa desafogar mais o trânsito. Para que esse sistema funcione, precisamos acoplar a ele os radares. Tem que ser feito um estudo nesses principais corredores com maior fluxo para velocidade maior, para que os carros fluam. Não podemos aceitar que hoje os radares sejam uma fábrica de multa. O radar tem que cumprir a obrigação dele de dar segurança para a pessoa e melhorar o trânsito, e não de enriquecer poucas pessoas. Mas vamos fazer mais. Vamos fazer com que o BRT cumpra o seu papel. Queremos que as pessoas que vêm de Ananindeua, Marituba, Icoaraci possam, pagando uma única passagem, venham até o centro de São Brás e possam passar para outro coletivo da cidade para o destino que tenha que ir. E sobre os rios, precisamos, mesmo entrando com subsídio, fazer com que uma embarcação, no horário de pico de escola e de trabalho, possa navegar de Icoaraci até o Ver-o-Peso e do Ver-o-Peso até a universidade com preço único.

Perfil do candidato

  • Idade: 63 anos
  • Gênero: Masculino
  • Cor: Pardo
  • Estado civil: Casado
  • Formação: Ensino superior completo
  • Ocupação: Deputado federal
  • Naturalidade: Belém (PA)

Fonte: TSE

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