Prefeitura alia tecnologia e educação ambiental nas ilhas de Belém
Funbosque oferece conhecimento para as comunidades com a plataforma digital Poraquê
Com grande importância no cenário atual, a educação ambiental conscientiza a sociedade sobre a necessidade de preservar o meio ambiente, além de despertar a cidadania e valores sociais. Desta maneira, essa metodologia engloba o desenvolvimento de habilidades e atitudes essenciais para tornar o mundo um ambiente mais sustentável.
Focada em formar cidadãos conscientes sobre a preservação ambiental e fatores sociais, a Fundação Centro de Referência em Educação Ambiental Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira (Funbosque), em Outeiro, distrito de Belém, atende alunos da educação infantil, do ensino fundamental, do ensino médio técnico profissionalizante em Meio Ambiente e da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Ejai), Técnico em Cozinha (mais conhecido como Gastronomia), Técnico em Recurso Pesqueiro, e a graduação em Geoprocessamento, uma parceria com Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet) e Universidade Federal do Pará (Ufpa), desenvolvendo atividades que contribuem para o benefício social e ambiental.
Segundo o presidente da Funbosque, Alickson Lopes, a instituição atua em oito unidades pedagógicas, que estão divididas pelo distrito de Outeiro e pelas ilhas de Cotijuba, Jutuba e Paquetá. Além disso, a Funbosque conta com a plataforma digital Poraquê, voltada para o ensino remoto e desenvolvida na pandemia da covid-19, quando as aulas presenciais foram suspensas.
“Atualmente, essa ferramenta digital, construída por uma parceria entre técnicos e professores da Fundação com profissionais da Companhia de Tecnologia da Informação de Belém (Cinbesa), vem sendo paulatinamente introduzida nos diversos níveis de ensino da Escola Bosque. O foco especial é nas turmas de EJAI e estudantes de nível médio técnico, por meio do projeto de iniciação científica Cultura Digital e Meio Ambiente e cursos de extensão abertos para a comunidade” - Alickson Lopes, presidente da Funbosque.
Além da plataforma Poraquê, a instituição desenvolve projetos de pesquisa que apoiam iniciativas de inovação na região das ilhas de Belém. Os projetos utilizam a ferramenta de Mapeamento Comunitário com Ferramentas Livres (Mapeo) e uma plataforma de mobilização e participação social.
De olho no futuro
O acesso às plataformas digitais faz com que a população das ilhas de Belém tenha cidadania, oportunidades e conhecimento, além da possibilidade de refletir sobre os impactos das novas tecnologias. Outro ponto importante é a promoção da inclusão digital, conforme pontua Alickson Sérgio Lopes.
“No caso da Fundação Escola Bosque, esse acesso à internet na região das ilhas faz toda a diferença na promoção de um diálogo mais rápido e direto entre a instituição e as famílias. Com o advento do uso de plataformas digitais, nós, enquanto poder público, viabilizamos a conexão digital para nossos alunos com a entrega de um chip de internet para cada família. Assim, eles têm a possibilidade de acessar conteúdos escolares e de cultura geral, importantes para a formação”, afirma o presidente da Funbosque.
Inclusão
Para o estudante Laércio Roberto Cardoso, que está no 3º ano do ensino médio técnico profissionalizante da Funbosque, a plataforma digital Poraquê abriu um leque de oportunidades, já que o ambiente virtual conta com conteúdos especializados na cultura digital e meio ambiente.
“Abriu a possibilidade de visualizar as oportunidades em nível tecnológico que o curso de técnico em meio ambiente pode me proporcionar, especialmente em um momento de crise climática que estamos enfrentando, demonstrando projetos novos e o quanto é importante esse projeto para nossas vidas. Fora o fato de abrir novas portas na área de empregos” - Laércio Roberto Cardoso, estudante.
Já Vitória Nazaré Pinheiro, colega de classe de Laércio, comenta que a Funbosque permite uma formação ampliada e ao mesmo tempo mantém o foco na questão ambiental. “Essa mistura de tecnologias digitais e formação ambiental que estamos experimentando na Escola Bosque, com uso de plataformas digitais, me dá a oportunidade de ser uma bolsista de iniciação científica e tenho certeza que será um grande diferencial na minha vida profissional e acadêmica”, conclui a estudante.
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