Vendas de Carnaval ainda estão tímidas no comércio de Belém
Há um mês da festa, lojistas estão com expectativas para as próximas semanas, mas clientes ainda não começaram a procurar itens típicos da data
Ainda cercado de incertezas por conta do avanço da variante ômicron do coronavírus, o carnaval das ruas de Belém que começa a tomar forma nas vitrines do centro comercial da cidade ainda segue tímido nas ruas tradicionais de artigos para a festa, como a João Alfredo e a 15 de novembro.
Apesar da pouca movimentação, a expectativa é de melhoria nas vendas em relação a 2021, quando o cenário pandêmico era muito mais grave e letal.
Pam Melo é vendedora em uma loja que tem de tudo, desde adereços e fantasias até maquiagens coloridas e brilhosas que fazem sucesso entre os foliões. Ela conta que 80% dos consumidores que entram no estabelecimento buscam artigos de carnaval.
"Já começou a aparecer e está mais ou menos devido a pandemia mas tem bastante coisa saindo já. Estamos um pouco preocupados por conta da pandemia pois ainda não está 100%, mas estamos confiantes. O que vai bombar é o glitter e também as máscaras e tiaras", afirma ela, que nota que os clientes estão satisfeitos com os preços da loja.
Ela conta que apesar de ninguém saber exatamente como os foliões irão se comportar no final do mês de fevereiro, a loja tem emplacado grandes vendas no atacado para revendedores.
Já Narciso Jr. conta que o movimento ainda está fraco e que falta muito tempo ainda para o carnaval. Ele é gerente de uma rede de lojas de artigos para festas e afirma que o comércio em geral está com pouca movimentação.
"Já estamos 100% com decoração de carnaval e também com produtos e novidades, esperando chegar mais coisas. Mas a procura ainda está pouca. Imagino que esse ano será melhor que ano passado, mas precisamos ver se vai ter mesmo carnaval nas ruas", diz.
A assistente administrativa Karina Santos foi ao comércio de Belém mais para dar uma olhada mesmo. Aproveitou a companhia das amigas e foi garimpar tiaras e franjas e paetês para a customização de abadás. Segundo Karina, o principal é não deixar a data passar em branco.
"Já fui em festa fechada de pré-carnaval. Estou com ingresso comprado para outras. Quero muito ir no show do Wesley Safadão também. Então a gente quer ir bonita, arrumada, com coisas que remetam ao carnaval. É parte da cultura do brasileiro. Mais lá para frente vamos ver se o pessoal vai se empolgar com os bloquinhos de rua. O importante é comprar as coisas antes", afirma.