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Veja os 10 passos para financiar a casa própria

O sonho de sair do aluguel precisa de planejamento e pesquisa, entenda

Maycon Marte

Realizar o sonho da casa própria, alcançar qualidade de vida e poder se estabilizar em uma residência sua, exige além de esforço, planejamento e pesquisa. A burocracia do processo, aos que decidem pelo financiamento também pode assustar e desanimar, mas com atenção e pesquisa é possível se organizar para sair do aluguel. Confira 10 passos essenciais para chegar a tão sonhada casa própria.

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1. Planejamento Financeiro

Antes de sair em busca do imóvel dos sonhos é importante organizar as contas e ficar atento para não ultrapassar o quanto se ganha. Uma das recomendações mais importantes nesse sentido é de comprometer entre 20% e 30% da renda com a quitação das parcelas.

No Brasil os bancos e as financiadoras seguem a “regra dos 30%”. Esse regramento define que o valor da prestação não deve comprometer mais do que 30% da renda familiar mensal. Caso contrário, o banco não realizará seu financiamento. Aos que quiserem avaliar a possibilidade antes de procurar pelo financiamento possuem a opção da simulação, que pode ser feita em alguns sites como o Simulador Habitacional CAIXA.

2. Escolha do Imóvel

Antes da escolha do imóvel que será financiado é importante já ter a carta de crédito em mãos, assim é mais fácil filtrar imóveis que estejam nessa faixa de valor. A exceção a esse movimento são os casos onde se tenta financiar um imóvel na planta ou previamente escolhido. A busca pode acontecer de diferentes maneiras, inclusive em feirões de imóveis voltados para o público interessado. Além de considerar o preço, é essencial também avaliar aspectos como localização, tamanho, estado de conservação e potencial de valorização.

3. Escolha do Tipo de Financiamento

Entre os tipos de financiamentos imobiliários mais usados no Brasil, destacamos aqueles relacionados aos programas habitacionais dos governos municipais, estaduais e, claro, do Governo Federal, mas há também os de negociação direta, confira alguns:

Sistema Financeiro de Habitação (SFH)

É o programa habitacional mais conhecido e utilizado no Brasil. Oferece taxas de juros mais atrativas e condições especiais para a compra da casa própria, sendo regulamentado pelo governo federal e destinado a pessoas físicas. As taxas de juros são competitivas, há possibilidade de financiar até 80% do valor do imóvel e prazos longos para pagamento. No entanto, também impõe limite de valor para o imóvel e renda familiar.

Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI)

Abrange diversas modalidades de financiamento que não se encaixam no SFH, com as condições definidas pelas instituições financeiras, oferecendo mais flexibilidade nas condições, possibilidade de financiar imóveis de maior valor e prazos mais longos. As taxas de juros geralmente são mais altas que o SFH e maior burocracia.

Programas Habitacionais

São programas governamentais com o objetivo de facilitar o acesso à moradia para diferentes públicos, como famílias de baixa renda, servidores públicos e outros. Possui subsídios, taxas de juros reduzidas e condições especiais para determinados grupos, além de limitação de renda, valor do imóvel e outras restrições específicas de cada programa. O Minha Casa Minha Vida (MCMV) é o mais conhecido no Brasil.

Financiamento Direto com a Construtora

Algumas construtoras oferecem opções de financiamento direto, com taxas e condições diferenciadas e possibilidade de negociar diretamente, facilitando a compra de imóveis na planta. No entanto, as opções de bancos e taxas de juros são menores, variando conforme a construtora.

Outras Considerações

Sistema de Amortização: As principais modalidades são o SAC (Sistema de Amortização Constante) e a Tabela Price. No SAC, as parcelas iniciam mais altas e diminuem ao longo do tempo, enquanto na Tabela Price as parcelas são fixas.

4. Documentação Necessária

A lista de documentos necessários para realizar o financiamento imobiliário inclui a apresentação de documentos pessoais e de comprovação de renda, assim com as cópias:

Pessoal

RG;

CPF;

Certidão de Nascimento ou Casamento;

Comprovante de Residência.

 

Comprovação de renda

Holerite;

Extrato de conta-corrente;

Declaração de Imposto de Renda;

Extrato do FGTS (no caso de financiar pelo MCMV).

5. Análise de Crédito

Uma análise de crédito imobiliário é simplesmente o primeiro passo para a aquisição de um novo imóvel. É nesse momento que a instituição financeira analisa as condições do indivíduo de receber o crédito e a sua capacidade de honrar com a dívida. Para chegar a liberação do crédito, são avaliados os dados cadastrais e a renda da pessoa ou famílias, é importante manter seu score alto para ter melhores chances de conseguir o financiamento, a melhor maneira de fazer isso é mantendo o nome limpo, pagando as contas em dia e evitando atrasos nos pagamentos, além de não emprestar o cartão de crédito ou os dados pessoais para terceiros.

6. Escolha do Banco ou Instituição Financeira

Taxas de Juros

A taxa de juros é o custo do dinheiro emprestado e influencia diretamente o valor das parcelas e o valor total a ser pago. Compare as taxas oferecidas por diferentes instituições, considerando o Custo Efetivo Total (CET), que inclui todas as despesas relacionadas ao financiamento.

Condições do Financiamento

Confira o prazo máximo para pagamento, o valor máximo a ser financiado, a possibilidade de utilizar o FGTS, as opções de sistema de amortização (SAC ou Tabela Price) e as exigências para aprovação do crédito. Verifique se as condições se encaixam no seu perfil e nas suas necessidades.

Reputação da Instituição

Pesquise a reputação da instituição financeira no mercado, a satisfação dos clientes e a sua experiência no mercado imobiliário. Consulte avaliações online, converse com pessoas que já contrataram os serviços da instituição e verifique se ela possui alguma certificação de qualidade.

Serviços Adicionais

Verifique se a instituição oferece serviços adicionais como seguros, assessoria jurídica e outros benefícios que podem ser úteis durante o processo de financiamento. Avalie se esses serviços são realmente necessários para você e se o custo adicional compensa.

7. Assinatura do Contrato

Revisar as cláusulas e a documentação mencionada no contrato são algumas das precauções necessárias antes da assinatura. É importante observar se os gastos estão todos listados e de acordo com a negociação para então concluir essa etapa. A recomendação é procurar auxílio de um advogado para evitar erros e falhas.

8. Dicas para Economizar no Financiamento

Além de negociar as taxas do seu financiamento diretamente com o banco ou instituição financeira, outra dica importante para economizar nesse processo é ter paciência. Poupar o máximo possível enquanto analisa todas as opções de financiamento, ajuda para que consiga dar uma boa entrada e reduzir o valor das próximas parcelas. 

Outro mecanismo essencial é a amortização das parcelas. No Sistema de Amortização Constante (SAC), por exemplo, as prestações são maiores no início e vão caindo ao longo do financiamento, com total de juros pagos menores. Isso acontece por conta da diminuição mais rápida do saldo devedor.

9. Cuidados ao Financiar

Evitar o endividamento ao financiar é o principal cuidado a se adotar para manter a saúde financeira, pois a inadimplência de um imóvel financiado pode acarretar riscos que variam de multas ao leilão do imóvel. Existem opções de negociação das condições contratuais, aplicadas em diferentes casos:

Renegociar com o banco

O devedor faz a renegociação em contato com o banco, explicando a situação financeira, demonstrando boa fé e disposição para resolver o problema. O banco tem a opção de analisar a proposta e pode oferecer novas condições. 

Portabilidade de crédito

Nessa modalidade o devedor pode transferir a dívida para outro banco que ofereça melhores condições, como taxas de juros menores. O prazo de pagamento e o valor da dívida não são alterados. 

Amortizar o saldo devedor

Utilizando recursos próprios ou o FGTS, existe a opção de reduzir o valor das parcelas ou o prazo do financiamento.

10. Considerações Finais

Pessoas físicas ou famílias que desejem realizar o sonho da casa própria devem estar atentas a possíveis mudanças nas regras de financiamento, taxas de juros e oportunidades, como os programas governamentais. Além da pesquisa constante, poupar é palavra de ordem, a organização e o conhecimento nesse caso pode ajudar na conquista e a evitar endividamentos.

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