UE lança plano para fortalecer indústria do aço e metais com foco em descarbonização
A Comissão Europeia revelou um Plano de Ação destinado a fortalecer a competitividade e promover a descarbonização da indústria do aço e dos metais na Europa. O setor, considerado vital para a economia europeia, fornece insumos essenciais para áreas estratégicas, como automotiva, tecnologias limpas e defesa. No entanto, enfrenta desafios significativos, como altos custos de energia, concorrência global desleal e a necessidade de investimentos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, segundo o texto.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, destacou que "o aço de próxima geração, limpo, deve continuar a ser fabricado na Europa", e reforçou a importância de apoiar os produtores europeus em um mercado global cada vez mais competitivo.
O plano propõe medidas concretas para garantir um suprimento de energia acessível e seguro, promovendo o uso de acordos de compra de energia e incentivando os Estados-membros a reduzir tarifas de rede e flexibilizar taxas de energia.
Além disso, busca acelerar o acesso à rede para indústrias intensivas em energia e aumentar o uso de hidrogênio renovável e de baixo carbono.
Para prevenir o vazamento de carbono, o Mecanismo de Ajuste de Carbono nas Fronteiras será reforçado, garantindo que indústrias fora da UE não "lavem" seus metais para parecerem mais sustentáveis. A Comissão também proporá a extensão do CBAM para produtos derivados de aço e alumínio até o final de 2025.
A proteção das capacidades industriais europeias é outra prioridade, com a Comissão propondo medidas de defesa comercial mais rigorosas, incluindo a avaliação da introdução da regra "melted and poured" para determinar a origem dos produtos metálicos. A circularidade também é um foco central, com metas para o uso de aço e alumínio reciclados em setores-chave e medidas para garantir a disponibilidade de sucata metálica, essencial para a produção de aço descarbonizado.
O plano ainda destina 150 milhões de euros do Fundo de Pesquisa para Carvão e Aço (2026-27) e 600 milhões de euros do Horizon Europe para apoiar a descarbonização, além de proteger os 2,6 milhões de empregos diretos e indiretos ligados ao setor, com políticas ativas de requalificação e transição justa.