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Temporários conquistam efetivação no comércio de Belém

Bom desempenho e dedicação foram diferenciais para contratação de trabalhadores

Fabrício Queiroz

Estimativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontam que 98,8 mil postos de trabalho temporário foram criados no Brasil no final do ano passado, o que representa 1,8% a mais do que em 2021. Ainda segundo a pesquisa, 9,1% desses trabalhadores devem ser efetivados. No comércio de Belém, o cenário também é positivo e 2023 começou com novas contratações.

Em uma rede de lojas de utilidades domésticas, eletrodomésticos e brinquedos, cerca de 16 funcionários foram chamados para compor a equipe de mais de 60 pessoas das duas unidades localizadas em Belém e Ananindeua. Desse total, pelo menos 30% deve ser absorvido ainda em janeiro após o término do período de três meses do contrato temporário.

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Para o gerente do estabelecimento, Isaias Bandeira, a dedicação é um dos aspectos que chama a atenção na avaliação dos funcionários. “Nós buscamos um padrão que seja um vendedor que se dedique, que seja empenhado, que esteja aqui para trabalhar, que ofereça um ótimo atendimento e que saiba vender. A gente oferece também algumas oportunidades para que eles possam se destacar, como cursos e comissões, além de que temos sempre o nosso destaque do mês. Isso dá um estimulo para o vendedor ficar mais focado e seguir em diante na empresa”, afirma.

Segundo a vice-presidente do conselho deliberativo da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Iza Reis, algumas estratégias ajudam a diferenciar um funcionário temporário que busca um contrato efetivo. “Espera-se que o profissional esteja mostrando interesse em ser efetivado, que esteja alinhado à cultura da empresa, que seja protagonista, se antecipe às situações, tenha iniciativa e que se relacione bem com seus pares e superiores. Hard e Soft skills serão determinantes e assim certamente se houver a possibilidade de efetivação, este talento poderá ser considerado”, explica.

Iza Reis acrescenta ainda que mesmo aqueles que não foram absorvidos podem aproveitar a experiência como temporário tanto para enriquecer seu currículo quanto para galgar novas vagas. “O trabalhador deve olhar para as possibilidades internas, mas também para o mercado. Manter seu perfil e currículo atualizados, bem como utilizar sua rede de contatos para vislumbrar uma outra oportunidade”, orienta.

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