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Taxa de hospedagem no Pará deve ser a pior dos últimos anos, diz Sindicato de Hotéis

Estabelecimentos do setor no Estado estão afetados em função da crise de saúde do Covid-19

Elisa Vaz

Com risco de contágio do novo coronavírus, os meios de hospedagem, como hotéis e pousadas, serão os estabelecimentos mais afetados economicamente no território paraense, segundo o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Pará (SHRBS-PA). De acordo com levantamento preliminar da entidade, até o final do primeiro semestre, o índice de hospedagem deverá ser o mais baixo dos últimos anos no Estado, já que o Ministério da Saúde recomendou evitar locais com aglomerações, o que afetará diretamente o turismo durante os feriados prolongados.

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O sindicato informou, por nota, que o país terá três datas favoráveis ao turismo ao longo deste semestre: a Semana Santa, em abril; o Dia do Trabalhador, em 1° de maio; e o Corpus Christi, em junho. No entanto, “turistas que fizeram reservas de hospedagem para o período da Semana Santa já começaram a cancelar ou remarcar a estadia”, disse o sindicato. Também há uma forte preocupação com a alta temporada do mês de julho, que, neste ano, poderá ficar comprometida com a quarentena.

Para diminuir os danos que o vírus pode causar à população, o Ministério da Saúde publicou uma série de recomendações à população, entre elas a quarentena, em que as pessoas deverão ficar em casa durante o período de encubação do vírus, que vai de 2 a 14 dias, desde que haja sintomas e que o trabalhador comunique sua empresa que trabalhará de casa. O órgão também orientou que é preciso reduzir o contato social e evitar locais com aglomerações, como shoppings, praias, parques e restaurantes, e até cancelar viagens já marcadas. Com essas medidas, além dos estabelecimentos de hospedagem, os bares, boates e restaurantes também devem ter redução de público em todo o país.

No Pará, o SHRBS informou que ainda não foi feito nenhum estudo sobre os impactos diretos que a quarentena pode trazer à economia, já que muitos estabelecimentos podem optar pelo fechamento ou redução do horário de funcionamento, e ainda não é possível calcular os prejuízos. No entanto, o órgão assegurou que está acompanhando os protocolos de segurança para evitar o risco de contágio pelo coronavírus nesses locais.

Entre as regras, que estão de acordo com o recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, há a distância mínima segura entre mesas e cadeiras, de pelo menos um metro; o reforço da limpeza dos espaços, principalmente do banheiro; e a disponibilização de álcool em gel para os clientes. Além disso, o sindicato orienta o afastamento de trabalhadores com sintomas da doença e que apresentem atestado ou laudo médico que justifique sua ausência da atividade laboral, conforme prevê a legislação.

Na última segunda-feira (16), o SHRBS-PA encaminhou aos associados proprietários de casas noturnas o decreto do Governo do Pará que proíbe a realização de eventos que possam reunir público superior a 500 pessoas. O sindicato afirma que vai acompanhar a situação nas próximas semanas.

De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista e dos Lojistas de Belém (Sindilojas), Joy Colares, o movimento também já está menor nas lojas do centro comercial e dos shopping centers da capital. “É perceptível a redução de pessoas circulando, por conta da precaução contra o coronavírus. Eu, por exemplo, só vou sair de casa até esta quinta-feira, depois farei a quarentena”, pontuou.

Como ainda não há caso confirmado no Pará, o especialista ressaltou a importância de fazer recomendações com cautela. Na próxima quinta-feira (19), o Sindilojas vai publicar um documento com orientações aos lojistas.

“Algumas medidas, se forem feitas precipitadamente, podem comprometer a economia. Não podemos fechar as lojas. Em vez disso, estamos prevendo uma redução de horário de funcionamento, incluindo shoppings, com mudança no horário de abertura das lojas, até para aliviar o transporte coletivo. Estamos tomando muito cuidado para saber o que recomendar”, disse Colares.

O presidente do Sindilojas ainda disse que tem a intenção de negociar com os governos municipal, estadual e federal sobre o pagamento de impostos para diminuir os custos das empresas durante esse período de perdas nas vendas. Além disso, outra sugestão será que os empresários tentem antecipar as férias de seus funcionários, especialmente os que estão no grupo de risco, como idosos, fumantes e doentes, e a disponibilização de álcool em gel, como recomendou o Ministério da Saúde.

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