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Streaming compensa mais que TV por assinatura? Paraenses opinam

Enquanto o pacote da TV por assinatura pode envolver vários canais e produtos, a equivalência no streamings significa assinar conteúdo de várias empresas e ainda internet

Elck Oliveira

Há algum tempo, os serviços de comunicação têm figurado como um dos itens que puxam a inflação para cima, seja em Belém ou no Brasil como um todo. No Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro, por exemplo, o grupo Comunicação subiu 2,09%, apresentando a maior variação entre os grupos pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isoladamente, o subitem combo de telefonia, internet e TV por assinatura apresentou alta de 3,24%, um dos maiores impactos no índice. Os altos preços cobrados pelos serviços têm feito com que muita gente prefira migrar para a utilização das chamadas plataformas de streaming, em detrimento da TV por assinatura. Segundo os consumidores, isso tem valido mais a pena na hora de fazer as contas do final do mês. Mas isso vai depender de quantos desses serviços serão suficientes para o consumidor. 

O estudante universitário Rodrigo Nicolau, de 23 anos, conta que ele e a família estão cancelando o serviço de TV a cabo de casa, depois de três anos, justamente por conta dos preços elevados da assinatura. “A minha fatura, hoje, para se ter ideia, está em R$ 260, que engloba só a TV a cabo e a internet em casa. Pela internet móvel no celular, eu pago mais um outro valor, então sai quase R$ 500 por mês, somando tudo. Cancelando a TV, esse custo vai cair bastante”, projeta. 

Rodrigo diz que vai optar por apenas uma plataforma de streaming, para substituir a TV por assinatura, que é a Globoplay, do grupo Globo. “A maioria dos conteúdos que nós consumimos lá em casa, eu, meu pai e minha mãe, é da Globo, então, com a Globoplay estamos bem servidos”, destaca. 

Combo da TV por assinatura continua atraente

Já o nutricionista  Leandro Leal, 26 anos, explica que tem TV por assinatura em casa há alguns anos, num combo que vem junto com o serviço de internet também. Mesmo com o alto preço, ele diz que não pretende encerrar o serviço, pelo menos por enquanto. “Eu gosto muito, por conta da quantidade de material que a gente tem disponível na TV por assinatura, os canais de esporte, entretenimento, de história, de geografia, de filmes. Eu acho que esse tipo de assinatura sai mais vantajoso quando você consome bastante esse tipo de programação mesmo”, avalia. 

Dos serviços de streaming, ele diz que consome mais os relacionados à música. “Se eu fosse assinar os streamings todos, chegaria num valor parecido com o que pago pela TV, por conta do preço de cada um”, compara. 

Para o economista Valfredo de Farias, o usuário que deseja economizar precisa verificar se, no caso da TV por assinatura, ele realmente utiliza, assiste todos os canais oferecidos no pacote, para adequar o serviço a sua realidade. 

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“Eu conheço muita gente que assina inúmeros canais mas não assiste. Isso, então, já daria uma boa economia. Às vezes, no combo, a pessoa também fecha um determinado serviço de internet que a empresa não tem nem capacidade de entregar, muito rápido, por exemplo. Então, não adianta contratar um serviço que a empresa não vai conseguir oferecer. Fora isso, realmente, uma outra solução seria realmente buscar os streamings que atendessem aquilo que a pessoa deseja, pois eles ainda estão mais baratos. E a própria internet, de maneira gratuita, oferece muito conteúdo interessante, então, essa também é uma forma de driblar esses aumentos de preço”, orienta. 

Confira quanto, em média, custam esses serviços hoje: 

  • Segundo estimativas das empresas, para assinar, hoje, todos os streamings disponíveis no Brasil, nos planos básicos, seria necessário desembolsar, mensalmente, cerca de R$ 270. 

  • O valor equivale ao cobrado pelas empresas que oferecem combos de TV por assinatura mais internet e telefone fixo, também nos planos básicos

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