Sol faz paraense mudar a chave da energia elétrica e economizar
Crescimento da matriz no Pará é de 70%, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica
Com a alta da tarifa de energia elétrica no Pará, o número de pessoas que optam pela captação de energia solar só cresce no Estado. De acordo com o balanço divulgado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovotaica (Absolar), o total de consumidores paraenses aumentou em 70%.
Em janeiro, o Pará tinha 24.124 consumidores, 19.068 conexões operacionais em telhados e pequenos terrenos, espalhadas por 137 municípios. Em setembro, a quantidade de consumidores saltou para 41,3 mil, com mais de 32,7 mil conexões em 142 dos 144 municípios paraenses.
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O mapeamento da Absolar aponta que o Estado está entre os 20 entes da federação brasileiros com maior potência instalada de energia para geração própria. A região possui 388,6 megawatts (MW) em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.
A potência instalada de energia solar distribuída no Pará coloca o estado na 13ª posição do ranking nacional da entidade. Desde 2012, a modalidade já proporcionou ao Estado a atração de mais de R$ 2 bilhões em investimentos, mais de 11,6 mil empregos e a arrecadação de mais de R$ 518,1 milhões aos cofres públicos.
Matriz energética influencia no desenvolvimento social
Para Daniel Sobrinho, coordenador estadual da Absolar no Pará, o avanço da modalidade no país via grandes usinas e pela geração própria em residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos, é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil e ajuda a reduzir a pressão sobre os recursos hídricos e o risco da ocorrência de bandeira vermelha na conta de luz da população.
“Como muitos estados da região Norte do país ainda dependem dos combustíveis fósseis, mais caros e poluentes, para suprimento de eletricidade dos cidadãos e do setor produtivo, o crescimento da energia solar no Pará tem sido fundamental para melhorar a qualidade energia elétrica no território paraense, garantindo mais segurança, autonomia e independência aos consumidores a partir de uma fonte limpa e renovável”, analisa Daniel.
O empresário Nilton Athayde, que tem duas empresas em Ananindeua, já usa energia solar há dois anos. Segundo ele, a economia é o que mais o atraiu à modalidade. “Eu praticamente zerei o consumo de energia elétrica (da concessionária), a única parte que vem na conta é a taxa mínima da Equatorial, que é como se você tivesse com a sua casa fechada sem consumir energia. Antes, eu gastava em torno de R$ 35 mil reais com essa conta, mas hoje em dia, sempre fica em torno de R$ 7 mil”, considera.
Aumento em 300%
A empresa Solar365 foi uma das empresas que liderartam esse crescimento do setor no Estado. O diretor comercial, Fábio Castro, conta que o aumento foi de 300% de janeiro a agosto. “Nesses últimos meses, notamos um aumento expressivo. Nosso número de vendas triplicou e crescemos em aproximadamente 400% na potência instalada no período.
Para ele, o aumento se dá por vários motivos, entre eles, o entendimento do público quanto às vantagens do serviço. “Percebemos o amadurecimento do mercado e consumidores; empresas sérias players importantes realizando um trabalho com excelência e cuidado com o cliente; aumento tarifário agressivo e aumento do bandeiramento por conta da escassez hídrica”, reflete.
“Em resumo, o custo de energia elétrica teve um aumento considerável e na contra mão, tivemos aumento da adesão maior dos bancos às linhas de crédito específicas para energia solar. Com crédito para 100% do projeto, carência e prazos dentro da realidade de mercado, o paraense está cada vez mais atraído pela modalidade”, finaliza.
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