Sem qualificação profissional, humanos podem ser substituídos por máquinas no mercado de trabalho
Especialista não acredita, no entanto, que essa substituição será total. Profissionais devem se especializar em áreas tecnológicas para garantir vagas.
A automatização dos empregos é uma realidade que tem se tornado cada vez mais palpável. Um relatório do Fórum Econômico Mundial apontou, em 2020, que em até cinco anos depois máquinas e humanos dividiriam os trabalhos de forma igual no mundo, e com isso a automação acarretaria na extinção de 85 milhões de postos de trabalho em empresas de médio e grande porte em 15 setores e 26 economias, incluindo a brasileira. Das 300 empresas pesquisadas, 43% indicaram, na época, que introduziriam mais automação e reduziriam sua força de trabalho devido à integração de tecnologia.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos no Pará (ABRH-PA), Júnior Lopes, esse processo de substituição de mão de obra humana pelas máquinas já acontece há um bom tempo, não apenas nos Estados Unidos e na Europa, mas também no Brasil, há muitos anos. "São várias atividades. Isso começou, principalmente, na parte industrial, que tem uma crescente, e foram alcançadas várias outras áreas, como serviço e comércio. Percebemos que, com o desenvolvimento da tecnologia, isso passa a ser uma realidade, inclusive no campo, onde algumas máquinas de colheita ou de plantação são totalmente automatizadas, sem necessariamente existir um homem dentro de um trator ou dentro de um caminhão para fazer o plantio ou algum tipo de cultura agrícola", comenta.
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O cenário de hoje, segundo ele, não é o mesmo de quando tudo isso começou, e se torna cada vez mais frequente encontrar essa automatização dentro das empresas. "Percebemos, cada vez mais, as empresas substituindo seus processos e colocando essa nova mão de obra, e às vezes aquela pessoa precisa estar um pouco mais bem preparada para desenvolver outras atividades. É aí que começam a surgir novas vagas, cargos e profissões dentro do mercado de trabalho", avalia.
Uma matéria publicada pela Exame mostrou três trabalhos comuns que os robôs já fazem melhor que humanos. Um exemplo é a profissão do barman - com a automatização, os coquetéis de frutas são feitos por robôs, que podem fazer duas bebidas por minuto, ou até 1.000 por dia. O cliente enche a máquina com ingredientes, percorre a lista de coquetéis que oferece e o robô pode fazer até 65 bebidas antes de precisar ser reabastecida, diz a reportagem. Outra profissão é a de farmacêutico. Com a evolução das máquinas, na Universidade da Califórnia, não é um ser humano que preenche as prescrições, e sim é um robô, que não errou nas 350 mil doses preenchidas. Por último, a profissão de jornalista também pode ser tomada em um futuro próximo, segundo a Exame, especialmente aqueles profissionais que se concentram em textos com muitos números.
Com essa nova realidade das empresas, de acordo com Lopes, a presença da tecnologia impulsionada principalmente nos dois últimos anos cria a necessidade de uma adequação à nova realidade, também influenciada pela pandemia da covid-9 e o trabalho remoto. "A tecnologia foi usada de uma maneira diferente, com inteligência artificial e realidade aumentada, e hoje possibilita que, em várias esferas, seja no primeiro, segundo ou terceiro setor, seja no comércio, serviço, ambiente tecnológico, realidade virtual, os negócios estejam realmente se automatizando cada vez mais", ressalta.
Mas o presidente da ABRH-PA lembra que, por trás de qualquer empresa, marca de sucesso ou instituição tecnológica, sempre há "alguém para apertar o botão" ou para pensar os processos e o sistema, para acompanhar os resultados, até mesmo para substituir um produto. "Sempre vai ser necessário uma mão de obra humana por trás disso. E, cada vez mais, dentro do ambiente de negócios, existe a necessidade de relacionamento, de personalização, de outras formas de você atender a necessidade de um cliente. Quem vai fazer isso serão as pessoas, então vai sempre haver o papel do indivíduo, a tecnologia não vai substituir 100% o homem".
Quem quer garantir ou manter uma vaga no mercado de trabalho em meio a essa transformação deve apostar na área de tecnologia ou atividades que envolvam a tecnologia, segundo Júnior Lopes, a exemplo da medicina, que opera por meio de máquinas sensíveis com um médico que está nos Estados Unidos operando alguém no Brasil, e prevê consultas digitais, tirando a necessidade de estar presente fisicamente.
Conheça profissões que não serão substituídas por robôs no futuro
Empregos que requerem criatividade, como artistas e músicos
Trabalhos que envolvam resolução de problemas
Cabelereiros
Psicólogos e profissões que demandem um trabalho social
Professores
Trabalhadores da área da saúde
Cuidadores
Fonte: Fast Company, em matéria da Época Negócios
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VAGAS DE ESTÁGIO
Existem 293 vagas abertas no Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) de Belém, sendo 199 de estágio e 94 de aprendizagem. Confira algumas:
CONTABILIDADE:
Tipo: Estágio
Bolsa-auxílio: R$ 600 mais vale-transporte
Carga horária: Das 13h às 17h
Requisitos: Cursar do 4º ao 8º semestre
Código da vaga: 4436951
Entrar em contato pelo Portal Ciee: portal.ciee.org.br
ADMINISTRAÇÃO:
Tipo: Estágio
Bolsa-auxílio: R$ 568,15 mais auxílio-transporte
Carga horária: Das 13h às 17h
Requisitos: Cursar do 4º ao 7º semestre
Código da vaga: 4450291
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ADMINISTRAÇÃO:
Tipo: Estágio
Bolsa-auxílio: R$ 400 mais auxílio-transporte
Carga horária: Das 13h às 18h
Requisitos: Cursar do 1º ao 4º ano
Código da vaga: 4453133
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ENSINO MÉDIO:
Tipo: Aprendiz
Bolsa-auxílio: R$ 606 mais vale-transporte
Carga horária: Das 8h às 12h
Requisitos: Cursar do 1º ao 3º ano ou estar formado no ensino médio
Código da vaga: 4453670
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ENSINO MÉDIO:
Tipo: Aprendiz
Bolsa-auxílio: R$ 569,36 mais vale-transporte
Carga horária: Das 8h às 12h
Requisitos: Cursar do 1º ao 3º ano ou estar formado no ensino médio
Código da vaga: 4449369
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