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Sem crédito: Norte tem 6 milhões de pessoas com CPF restrito

Montante representa 50% da população adulta da região, aponta indicador do SPC Brasil e CNDL

Thiago VIlarins, da Sucursal de Brasília

O desempenho frustrante da economia brasileira no primeiro semestre de 2019 tem disparado a inadimplência entre os consumidores nortistas. Segundo dados apurados pelo Indicador de Inadimplência do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a região concentrou no último mês de julho 6,01 milhões de consumidores com alguma conta em atraso e com o CPF restrito para contratar crédito ou fazer compras parceladas. O número representa 50,10% da população com 18 anos ou mais. 

Em todo o País, o número de consumidores registrados nos cadastros de proteção ao crédito alcançou a marca dos 62,4 milhões, o que representa quase 41% da população adulta - volume 1,73% superior ao de julho de 2018 e 0,37% abaixo do montante de junho de 2019. 

Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, embora o País tenha saído da recessão técnica, a conjuntura econômica ainda é desfavorável, pois a economia tem enfrentado dificuldades para esboçar uma reação mais forte para sair da crise. “Além do cenário macroeconômico adverso, o descuido dos consumidores com as finanças leva à situação de descontrole e ao consequente atraso das contas”, explica. 

Atrasos com contas de água e luz aumentam 

Ainda de acordo com o indicador, com exceção do Norte, todas as regiões também apresentaram desaceleração nos atrasos. O número de dívidas nortistas avançou 0,08% frente a julho de 2018 e de 1,26% em relação a junho último. 

As dívidas relativamente baixas podem ter relação com o tipo de conta que o brasileiro tem deixado atrasar. De acordo com o indicador, considerando somente as contas de serviços básicos como água e luz, houve um crescimento de 16,03% no volume de atrasos em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado. 

Em segundo lugar aparecem as dívidas bancárias, como cartão de crédito, cheque especial, empréstimos e financiamentos, que avançaram 2,25% na mesma base de comparação. Já as contas de serviços de comunicação, como telefone, internet e TV por assinatura, caíram -19,51%, enquanto os atrasos no crediário ou boleto, geralmente contraídos no comércio, recuaram -4,25%. 

Embora os atrasos com serviços básicos para o funcionamento da casa tenham crescido mais no mês de julho, a maior parte (53%) das dívidas em aberto no Brasil tem alguma instituição financeira como credor. 

Já o comércio responde por uma fatia de 17% do total de dívidas, enquanto o setor de comunicação por 11% e as contas de água e luz completam o ranking com 10%. 

Para o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, para evitar que uma pequena dívida se transforme em uma ‘bola de neve’ impagável, o consumidor deve priorizar o pagamento de dívidas com juros mais elevados, que geralmente, são as dívidas bancárias. “A substituição da dívida por uma outra que cobra juros mais baixos é uma opção a ser levada em conta, como é o caso do consignado, que tem juros mais baratos que o do cartão de crédito, por exemplo”, afirma Vignoli. 

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