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Segundo semestre deve ter cerca de 260 mil novas vagas de empregos no Pará

Cenário é puxado pelos períodos festivos que ocorrem, como o Círio, Natal e Ano Novo

Camila Azevedo

Cerca de 260 mil admissões devem ser registradas no Pará durante o segundo semestre de 2024. Os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA) e tiveram como base os registros de empregos formais obtidos ao longo do ano. O destaque esperado dentro da projeção é para os setores de serviços e comércios, puxado pelos impactos que a economia paraense irá sentir, com investimentos e entradas de recursos oriundos de períodos festivos.

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O Círio de Nazaré, os pagamentos do 13º salário de servidores e demais trabalhadores, assim como as festas de final de ano - Natal e Ano Novo - e a Black Friday são alguns dos grandes impulsionadores das expectativas de geração de emprego no estado. A análise do Dieese considera, ainda, que manter o ritmo e aumentar essa quantidade de admissões passa por maiores recursos destinados à qualificação de mão de obra, agregando valor aos serviços e aos trabalhadores.

O primeiro semestre de 2024 teve recorde de contratações formais em abril: foram 44.180 pessoas empregadas. O período fechou com 247 mil novos postos de trabalho. As expectativas do Dieese levam em conta esses números, obtidos por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho.

COP 30

Em 2023, foram 223 mil novos empregos criados no Pará, patamar abaixo do esperado para os últimos seis meses de 2024. Everson Costa, supervisor técnico do Dieese, considera que uma maior intensidade, movida pela 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que ocorrerá em Belém em 2025, deverá guiar o mercado a partir deste segundo semestre. Isso porque diversas obras estão em andamento na capital paraense e serão ampliadas com a aproximação do evento.

“A gente está com grandes obras, desde o começo do ano, que se intensificam no segundo semestre, porque esses equipamentos, praças, estruturas hoteleiras e demais ações, tem que ser entregues até o ano que vem. Portanto, esse aquecimento da COP 30 continua no segundo semestre mais intenso e se prolonga por todo primeiro semestre de 2025, finalizando com o início do segundo semestre por conta da realização do grande evento”, explica Everson.

O supervisor do Dieese também pontua que a fixação dos profissionais dentro das vagas é uma realidade que tem sido vista no Pará. “Somos o 11º estado que nos últimos doze meses mais gerou emprego no Brasil. São números importantes. O emprego é o principal indicador do quanto uma economia cresce, o quanto ela vai bem e o quanto se movimenta. A gente clama para que essas oportunidades de emprego do segundo semestre venham calçadas na qualificação profissional. Isso é fundamental”, destaca.

“Sem isso, você não terá capacidade de ampliar esse quadro com uma remuneração melhor. A gente não quer ver só o paraense fazendo algo, mas fazendo algo com qualidade, trabalhando e se ocupando com uma remuneração melhor. Na outra ponta, ele agrega valor para o produto, para o serviço prestado e a gente está em uma trajetória aqui de muita coisa acontecendo. A gente sabe que a COP 30 tem começo, meio e fim, mas tem uma aposta muito grande no fortalecimento do turismo e que isso possa abrir novas frentes para a capital”, completa.

Admissões formais registradas durante o primeiro semestre de 2024 no Pará

(Fonte: Caged)

Janeiro → 36.503

Fevereiro → 42.063

Março → 40.180

Abril → 44.173

Maio → 41.814

Junho → 42.267

Total → 247.000

Economia