Saiba quais frutas estão mais caras em Belém

Alta é puxada pelo dólar, de acordo com pesquisa lançada pelo Dieese. Pera e uva somam os maiores reajustes.

Camila Azevedo
fonte

As frutas importadas comercializadas nos supermercados de Belém estão mais caras. Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (03) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que o quilo da pera portuguesa, por exemplo, atualmente está 38,64% acima do preço registrado em dezembro de 2023. As Uvas Thompson também sofreram reajuste: o aumento registrado é de 33,36% (para o pacote de meio quilo) na comparação com o ano passado.

As altas superam a inflação do período, mantida em 4,60%. De acordo com o Dieese, as principais causas para o cenário são os aumentos nos custos de importação, estoque, origem do produto e a flutuação do dólar, que essa semana ultrapassou os R$ 6. A pesquisa apresenta a trajetória dos itens que costumam ser frequentes na mesa do consumidor durante essa época do ano. Entre as medidas consideradas ideais, o Departamento indica muita pesquisa em diferentes estabelecimentos da capital paraense.

Além das peras e das uvas, o levantamento aponta que o quilo da passa escura sem semente também apresentou alta. Em dezembro de 2023, a média de preço ficou em R$ 28,75. Agora, o mesmo item é encontrado a R$ 36,98. A diferença representa um aumento de 28,63% nos supermercados de Belém. Outro produto analisado pelo Dieese foi a ameixa importada (vendida por quilo). Ano passado, ela era comercializada a R$ 24,90. Hoje, as prateleiras vendem a R$ 28,39, 14,02% acima do nível anterior.

Quantidade

O analista de redes Alexandre Awe, de 46 anos, tem sentido os impactos. O expressivo aumento registrado nos produtos o levou a diminuir o consumo de algumas frutas durante o dia a dia. “Por exemplo, eu consumia de duas a três bananas por dia. Hoje, já não posso mais consumir tudo isso, por ter diminuído um pouco mais as compras [a quantidade adquirida]. Isso acontece também com as maçãs e as uvas. Antes, eu comprava maçã por R$ 1,50. Agora, compro por mais de R$ 2”, relata.

Alexandre também notou que as uvas estão mais caras. De R$ 10 ou R$ 11, ele tem encontrado por R$ 15 e R$ 16, dependendo do supermercado. A pesquisa, nesse caso, tem sido a saída para o analista. “A forma que eu tenho lidado com o aumento dos preços de algumas frutas tem sido a pesquisa. Tenho pesquisado em alguns lugares que tem o mais barato e tenho diminuído um pouco mais a quantidade do consumo dessas frutas”, finaliza o consumidor.

VEJA MAIS

image Brinquedos para o Natal devem movimentar vendas de lojistas neste mês
Procura deve se intensificar nos próximos dias, estima o segmento

Quem também opta por reduzir a quantidade de frutas compradas, devido a elevação dos preços, é o aposentado Rui Sousa, de 80 anos. Morador do bairro do Umarizal, ele não faz pesquisa nos supermercados da cidade e prefere procurar outras formas de economizar. “Eu continuo comprando, mas diminuindo a quantidade. Tem que dar uma desacelerada para ver se as coisas voltam ao normal”, afirma.

Comparativo do preço médio das frutas importadas comercializadas em Belém
(Fonte: Dieese)

Pera portuguesa (quilo)
Dezembro de 2024 -> R$ 35,56
Dezembro de 2023 -> R$ 25,65
Variação de 38,64%

Uva Thompson sem semente (500g)
Dezembro de 2024 -> R$ 16,63
Dezembro de 2023 -> R$ 12,47
Variação de 33,36%

Passas escuras sem sementes (quilo)
Dezembro de 2024 -> R$ 36,98
Dezembro de 2023 -> R$28,74
Variação de 28,63%

Pera Williams (quilo)
Dezembro de 2024 -> R$ 27,08
Dezembro de 2023 -> R$ 21,34
Variação de 26,90%

Uva Itália com semente (500g)
Dezembro de 2024 -> R$ 14,93
Dezembro de 2023 -> R$ 12,35
Variação de 19,92%

Ameixa fresca importadas (quilo)
Dezembro de 2024 -> R$ 28,39
Dezembro de 2023 -> R$ 24,90
Variação de 14,02%

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Economia
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM ECONOMIA

MAIS LIDAS EM ECONOMIA