Restaurantes buscam alternativas de comunicação após 'apagão' do WhatsApp

Suspensão dos serviços de interação durou seis horas durante a segunda-feira (4)

Abílio Dantas/ O Liberal
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As interrupções dos serviços de três das principais redes sociais do mundo, no começo da tarde de segunda-feira (4), serviram como um alerta aos proprietários de restaurantes e demais estabelecimentos que trabalham com alimentação fora do lar, e utilizam os serviços de interação como plataformas prioritárias de venda e entrega. Para o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Pará (SHRBS-PA), a pane chamou atenção para a necessidade de os estabelecimentos buscarem alternativas para estabelecer contato com os clientes.

O assessor jurídico do SHRBS-PA, Fernando Soares, afirma que não existe ainda um consenso no setor sobre qual seria a solução mais eficaz para evitar riscos decorrentes de “apagões” do mesmo tipo. “Mas a sugestão que provavelmente as pessoas vão seguir é ter cadastro em mais de uma fonte de comunicação. Por exemplo: ter menor presença em redes sociais e maior nos aplicativos de alimentação, que são os meios mais efetivos para a venda desse tipo de produto”, destaca.

Em razão da insegurança financeira trazida pela pandemia de covid-19, ainda segundo Fernando Soares, as empresas devem seguir em busca de soluções mais econômicas para resolução das demandas comerciais e para prevenir futuros problemas. “Nesse momento, a tendência é você utilizar as opções que já existem, e que não representem custos altos para a empresa, já que a pandemia ainda não acabou, apesar de estarmos em situação melhor agora. Há quem invista no desenvolvimento de um aplicativo próprio para o contato com o público”, pondera o assessor jurídico.

O empresário Miguel Abrahão, proprietário de um restaurante localizado no bairro do Marco, relata que no momento da abertura do negócio, em julho do ano passado, ainda não pretendia trabalhar com a modalidade delivery, apenas com a venda presencial. No entanto, com o tempo, compreendeu a necessidade de estruturar o serviço de entrega. “Porém, percebi logo que trabalhar com as redes sociais e os aplicativos de entrega mais conhecidos não era vantajoso, já que eles cobram cerca de 30% do valor do produto na entrega. Se fosse trabalhar assim teria que acabar aumentando o meu preço”, afirma.

O caminho escolhido pelo empresário foi o de utilizar um aplicativo local, que é também utilizado por outros restaurantes e cervejarias de Belém. “O nosso aplicativo foi feito por um rapaz daqui do estado, o Eduardo Guimarães. Vários locais já utilizam. Para todos é bem mais em conta, porque pagamos apenas uma mensalidade, de R$ 100. Eu pago uma única taxa durante o mês e posso utilizar. No início, esse aplicativo dependia do WhatsApp, mas quando houve uma outra queda, há um tempo atrás, foi feita uma reorganização. Tanto que os restaurantes que trabalharam na segunda-feira, quando ocorreu a última queda, não tiveram nenhum problema, ele não deixou ninguém na mão”, destaca.

Em todo o país, de acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), só 23% dos empresários têm sites próprios de venda. Na hora de vender pela internet, 84% preferem o WhatsApp – em seguida aparecem Instagram (54%) e Facebook (51%).

Na última segunda-feira, a conexão das três redes caiu por volta das 12h30 (horário de Brasília) e levou entre seis e sete horas para ser restabelecida. Facebook e Instagram voltaram às 18h50, enquanto WhatsApp o levaria ainda mais uma hora para retornar à normalidade.

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