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Reajuste no preço do material escolar chega a 30% e leva consumidores de Belém a buscar promoções

A estratégia para driblar os preços também é feita por comerciantes, que procuram melhores condições diante da pressão inflacionária sobre os produtos

Camila Azevedo
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Os últimos dias para a compra de material escolar têm levado consumidores de Belém em busca de promoções. Isso porque, como reconhecem os comerciantes, os produtos passaram por reajustes. A estimativa da Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE) para o início de 2023 é de que os valores cheguem a um aumento de até 30%. Por isso, empresários buscam soluções para atrair a clientela. Na papelaria Brazz Brazz, de Belém, por exemplo, gestores responsáveis pelo estabelecimento afirmam que, diante a pressão inflacionária sobre os produtos, a empresa buscou criar melhores condições para continuar oferecendo serviço de qualidade, incluindo descontos.

A enfermeira Débora Coelho, de 36 anos, é mãe de dois meninos e precisou ajustar as contas do mês para conseguir atender as demandas escolares dos filhos e se adequar aos novos preços. A estratégia utilizada, além da pesquisa de mercado, foi reutilizar alguns itens. “A mochila vai ser do ano passado e o estojo também, mas o restante do material vamos comprar tudo, íamos reduzir, mas decidimos comprar tudo mesmo, inclusive os livros deles. Ano passado, a gente gastou mais de R$ 1.000 e não foi tudo da lista, as professora contaram algumas coisas. Agora, esse ano, acho que vai ser o dobro mesmo, porque só de livro de cada um vai ser mais de R$ 1.000”, diz.  

Quem também optou por aproveitar itens já utilizados foi a professora Jussara Barbosa, de 43 anos. Mãe da Carolina, aluna do 6º ano do ensino fundamental, ela conta que chegou a sentir uma diferença de cerca de 206% no preço dos cadernos. “Já fui em outra loja e o caderno que comprei a R$ 16 no ano passado, agora está custando R$ 49. Vim pesquisar para ver se consigo encontrar um mais barato e o melhor que encontrei é de R$ 29. O salário da gente não consegue acompanhar tanto aumento, então, a mochila vai ser reutilizada, só comprei um estojo novo, algumas canetas ela vai reutilizar, borracha, porque não tem condições, está muito caro”, ressalta.

Papelaria busca oferecer preço justo aos clientes

Silvana Calado, gestora de compras da Brazz Brazz, explica que a loja tem sentido as diferenças no preços vindos dos fornecedores e tentado achar soluções para não comprometer o orçamento das famílias que vão em busca dos materiais no início do ano letivo. “A medida que a gente está tomando é a de abrir oportunidade de produto dentro da papelaria. Antes, a gente trabalhava com duas ou três marcas, hoje, a gente já tem mais opções para os clientes, fizemos negociações para tentar repassar o mínimo possível para eles, tentando facilitar ao máximo porque, também, temos o entendimento da questão social do acesso à educação para todos”, destaca.

Papel, corretivo, canetas e cadernos são os objetos que mais sofreram com a inflação, chegando a alcançar de 10% a 30% no reajuste, conforme aponta Silvana. “O papel teve uma média de 12% de reajuste em janeiro. Tudo está em dificuldade. O nosso recebimento de material, inclusive, está todo fracionando, a gente faz um pedido e ele não vem por completo, não tem matéria prima, o que a gente tá conseguindo realmente é tentar fazer boas negociações, ampliar o número de marcas e tudo mais. Temos lápis de cor por menos de R$ 6 e temos os que vão acima de R$ 20. E as pessoas têm vindo, o movimento não está tão diferente quanto do ano passado, mas está melhor”, completa a gestora.

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