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Quer morar sozinho? Veja dicas de um educador financeiro

Uma delas é não gastar mais de 30% da renda com aluguel

Gabriel da Mota

Morar sozinho é um grande passo para a independência na vida adulta e exige planejamento financeiro rigoroso. Segundo Cleber Albuquerque, educador financeiro, o primeiro passo é entender quais são seus gastos no momento. "A análise econômica não deve começar pelo quanto você precisa ganhar, mas sim pelo quanto você gasta", destaca Cleber. Isso porque o perfil pessoal e a localização onde a pessoa deseja morar são fatores determinantes para definição do orçamento.

É fundamental que o valor do aluguel não ultrapasse 30% do salário. Cleber explica que, se você ganha R$ 2 mil, o ideal é não gastar mais de R$ 600 com aluguel. A regra ajuda a manter as finanças sob controle e permite que você tenha margem para outros gastos e economias. "Essa é a orientação para não comprometer excessivamente sua renda", ressalta o educador financeiro.

Além do aluguel, quem mora sozinho precisa considerar várias outras despesas básicas: a energia elétrica, o consumo de água, o condomínio, o IPTU, assinaturas de TV e internet, alimentação e transporte são alguns dos principais gastos. "Quando você passa a morar só, você assume todos esses custos sozinho", lembra Cleber, enfatizando a importância de um planejamento detalhado.

Para começar esse planejamento, a primeira etapa é analisar o orçamento pessoal. Identifique quanto você ganha e gasta atualmente. "Se o seu resultado mensal é quase nulo, não terá condições de morar sozinho", alerta Albuquerque. A partir dessa análise, você pode identificar se possui uma sobra financeira que permita assumir novos custos.

A decisão entre alugar ou financiar um imóvel depende do seu perfil financeiro e de suas necessidades imediatas. Alugar pode ser mais viável para quem precisa de independência rapidamente e não possui uma reserva financeira para dar entrada em um financiamento. "O aluguel atende quem precisa de liberdade imediata e não tem reservas para um financiamento", explica.

Por outro lado, o financiamento exige um planejamento mais robusto, com uma reserva para a entrada e despesas cartorárias. Além disso, a prestação de um financiamento geralmente é mais alta que o aluguel, demandando uma renda maior. "Financiar um imóvel é para quem já tem uma reserva de emergência e uma renda capaz de sustentar esse compromisso financeiro", afirma.

Se você está no começo da vida financeira, pode ser mais prudente optar pelo aluguel enquanto constroi uma reserva de emergência e estabiliza suas finanças. "O importante é criar um saldo positivo mensal e reservar para um futuro financiamento", aconselha o educador financeiro. Assim, você pode planejar a transição para um imóvel próprio com mais segurança.

Em resumo, morar sozinho é um objetivo que exige uma análise cuidadosa de seus gastos, uma definição clara de orçamento e uma escolha sensata entre alugar e financiar. "Avalie seu perfil atual e suas necessidades para tomar a melhor decisão financeira", conclui Cleber Albuquerque.

Oito dicas financeiras para quem pretende morar sozinho

  1. Analise seus gastos atuais   
  2. Não comprometa mais de 30% do salário com aluguel
  3. Considere todas as despesas básicas
  4. Faça um orçamento pessoal detalhado
  5. Decida entre alugar ou financiar baseando-se no seu perfil financeiro
  6. Construa uma reserva de emergência
  7. Avalie seu perfil e necessidades
  8. Estabeleça um planejamento financeiro robusto

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