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Qual é a diferença entre deflação e inflação?

Entenda o significa cada termo, como ocorrem e quais os efeitos que cada um pode causar na economia e no cotidiano dos consumidores.

Gabi Gutierrez

Inflação e deflação são termos amplamente utilizados quando se fala em economia, mas suas diferenças nem sempre são claras para todos. Ambos os conceitos estão diretamente ligados ao comportamento dos preços de bens e serviços e têm um impacto significativo na vida das pessoas e na saúde econômica de um país. Entenda o significa cada termo, como ocorrem e quais os efeitos que cada um pode causar na economia e no cotidiano dos consumidores.

O que é a inflação?

A inflação é o aumento generalizado dos preços de bens e serviços em uma economia ao longo do tempo. Quando a inflação ocorre, o poder de compra do dinheiro diminui, ou seja, com a mesma quantidade de dinheiro, é possível comprar menos produtos ou serviços. A inflação é medida por índices como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que calcula a variação dos preços de uma cesta de produtos e serviços essenciais para as famílias.

Existem várias causas para a inflação, sendo as principais:

- Inflação de demanda: ocorre quando a demanda por bens e serviços supera a oferta. Isso geralmente acontece em períodos de crescimento econômico, quando a população tem mais dinheiro para gastar.
  
- Inflação de custos: acontece quando os custos de produção, como salários, energia e matérias-primas, aumentam, e esses custos são repassados para o consumidor final.

- Inflação inercial: relacionada à expectativa de inflação futura, que pode levar empresas a reajustarem preços antecipadamente.

Impactos da inflação

A inflação afeta diretamente o bolso dos consumidores, corroendo o valor real dos salários e das economias. Em cenários de inflação alta, as pessoas perdem poder de compra, e os produtos ficam mais caros. Empresas podem também ser impactadas, enfrentando custos maiores, o que pode prejudicar o investimento e a geração de empregos. Porém, uma inflação controlada é vista como um sinal de uma economia em crescimento.

O que é a deflação?

A deflação é o oposto da inflação: trata-se da queda generalizada dos preços de bens e serviços. Embora possa parecer vantajoso em um primeiro momento, pois aumenta o poder de compra dos consumidores, a deflação é, na verdade, um sinal preocupante para a economia. Isso ocorre porque a queda nos preços pode indicar uma diminuição na demanda, o que leva as empresas a reduzirem sua produção, diminuírem seus lucros, e, em casos mais extremos, cortarem empregos.

A deflação geralmente está associada a períodos de recessão ou estagnação econômica, onde a baixa atividade econômica provoca um excesso de oferta e faz com que os preços caiam.

Impactos da deflação

Apesar dos preços mais baixos, a deflação pode desencadear um ciclo econômico negativo. Quando os consumidores acreditam que os preços continuarão a cair, tendem a adiar suas compras, esperando por preços ainda mais baixos. Isso reduz ainda mais a demanda, agravando a queda dos preços. As empresas, por sua vez, podem reagir com cortes de custos, como demissões, o que aumenta o desemprego e reduz o consumo, perpetuando o ciclo de deflação.

Inflação x Deflação: qual o cenário ideal?

Nem a inflação alta nem a deflação são desejáveis para a economia. O ideal é uma inflação moderada e controlada, que indica um crescimento econômico estável. Por isso, bancos centrais, como o Banco Central do Brasil, utilizam políticas monetárias, como o ajuste da taxa de juros, para controlar a inflação e evitar a deflação.

A inflação moderada incentiva o consumo e os investimentos, enquanto a deflação pode desencorajar gastos e investimentos, prejudicando o crescimento econômico. Compreender a diferença entre esses fenômenos é fundamental para entender como as decisões econômicas afetam diretamente a vida das pessoas e as estratégias governamentais para manter o equilíbrio econômico

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Economia
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