Programa de subsídio para carro zero tem nove montadoras envolvidas
No total, R$ 1,5 bilhão estão reservados para os descontos, que podem variar de R$ 2 mil a R$ 8 mil
Nove montadoras aderiram ao programa de carro mais barato lançado pelo governo federal na semana passada. Renault, Volks, Toyota, Hyundai, Nissan, Honda, GM, Fiat e Peugeot estão participando do projeto de subsídios. A lista foi divulgada nesta quarta-feira (14) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Os descontos oferecidos variam de R$ 2 mil a até R$ 8 mil no preço dos veículos de até R$ 120 mil. No total, R$ 1,5 bilhão estão reservados e são distribuídos da seguinte forma: R$ 500 milhões para automóveis; R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para vans e ônibus. Quando atingir o R$ 1,5 bilhão, o programa será encerrado.
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Ao todo, 233 versões de 31 modelos de veículos estão à disposição dos consumidores para compra com desconto. De acordo com o MDIC, a lista é dinâmica e, a qualquer momento, as montadoras podem incluir outros modelos, desde que comuniquem ao governo.
Regras
As vendas de carros com desconto serão exclusivas para pessoas físicas nos primeiros 15 dias, prazo que pode ser prorrogado por até 60 dias, a depender da resposta do mercado. Depois disso, as empresas também poderão se beneficiar do programa. As companhias do setor que aplicarem o desconto na venda ao consumidor receberão um crédito tributário.
Programa pode acabar em um mês, afirma Lula
Na última terça-feira (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) citou estimativa da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) de que o programa pode durar apenas um mês. "Então veja, reduzimos um pouco o preço do carro. Você viu, eu estava vendo uma notícia hoje que, já vai durar um mês e vai acabar o programa", declarou.
Na semana passada, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) estimou que cerca de 100 mil a 110 mil automóveis e comerciais leves deverão usufruir dos descontos, antes do esgotamento dos créditos tributários disponibilizados pelo Ministério da Fazenda.
"Isso deverá ocorrer em pouco mais de um mês, ou seja, bem antes dos 4 meses de prazo estipulado pela MP 1175", informou a Anfavea, em nota.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, foram utilizados, até o momento, R$ 150 milhões em créditos pelas montadoras, o que representa 30% do teto de R$ 500 milhões que poderão ser usados pelas empresas como crédito tributário para venda de carros mais baratos.