Professores de Salvaterra fazem protesto por pagamento do piso salarial nacional
Educadores também reclamam da falta de transparência da gestão municipal na gestão dos recursos e de falta de infraestrutura nas escolas, além de outros problemas
Professores da rede pública municipal de Salvaterra, no arquipélago do Marajó, fizeram um protesto pela valorização da educação na manhã desta terça-feira (20), em frente à sede da Prefeitura. Segundo os manifestantes, a atual gestão municipal não paga o piso salarial nacional dos professores da educação básica, além de não dar manutenção adequada às escolas do município e de não garantir condições de trabalho adequadas a todos os profissionais envolvidos no processo educacional.
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A professora e representante do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação Pública do Pará (Sintepp) no município, Paulyane Ramos, explica que o não pagamento do piso salarial dos professores - hoje fixado em R$ 3.845,63 - é uma das principais reclamações da categoria, mas não a única. A falta de transparência na gestão dos recursos da educação; o sucateamento do transporte escolar no município; a falta de manutenção nas escolas, a ausência de condições mínimas de trabalho para a categoria, além da promulgação de um decreto que estabelece recesso de final de ano sem levar em consideração as especificidades do campo educacional são alguns dos questionamentos dos servidores, que, de acordo com Paulyane, não foram recebidos por ninguém na Prefeitura ou na Secretaria Municipal de Educação.
“Além de todos os problemas que já temos, que incluem ainda a falta de merenda e de gás para preparar os alimentos em algumas escolas, fomos surpreendidos com um decreto do prefeito que estabelece recesso de final de ano a partir deste dia 20. Mas o decreto não leva em consideração que algumas escolas ainda estão cumprindo o ano letivo, com provas, recuperação, etc. E ninguém veio nos explicar como vai funcionar isso”, completou Paulyane, acrescentando que o município de Salvaterra tem hoje mais de 50 escolas, mais de 400 professores e cerca de 5 mil alunos sob sua jurisdição.
A reportagem tentou contato com o prefeito de Salvaterra, Carlos Gomes, e com o secretário de Educação de Salvaterra, Klebson Glória, mas não obteve retorno.