MENU

BUSCA

Preços na Feira do Pescado partem de R$ 18,90 e oferecem oportunidade a vendedores

Consumidores se organizam para comprar tudo que precisam até o feriado

Maycon Marte

A Feira do Pescado, realizada nesta quarta-feira (16), é uma iniciativa do governo do estado para aproveitar o aumento do consumo desses produtos durante a Semana Santa. A programação reúne peixeiros em oito pontos de Belém e em mais de sessenta municípios, até esta quinta-feira santa (17), com preços que variam de R$ 18,90 a R$ 75, dependendo do item. Os vendedores avaliam a ação como uma oportunidade para lucrar mais. “Aqui a gente vem pela Semana Santa. O meu primo é o dono, nós somos todos primos, então contratamos os vendedores e viemos para ajudar”, explica a peixeira Josyane Lopes, uma das participantes.

A oportunidade representa um rendimento muito maior em comparação aos períodos comuns. Segundo a peixeira, os consumidores já se acostumaram com a iniciativa e se organizam para comprar durante a feira. Ela conta que já alcançou a marca de R$ 3 mil em vendas com a programação. Em um dia normal, segundo ela, o rendimento seria, no máximo, a metade desse valor. “Aqui eu já cheguei a vender até R$ 3 mil, e não faço isso fora, em um dia comum”, afirma.

Segundo a vendedora, os peixes mais procurados são: filé de gó (R$ 20), dourada (R$ 22) e filhote (R$ 45). O produto mais caro na manhã desta quarta-feira era o camarão, que custava R$ 75. Carlos Alberto, da Marinha Mercante, reclamou do preço, mas não deixou de comprar. “Camarão eu nem comprei porque está a mais de R$ 60. Mas eu vou comprar daqui a pouco, vou voltar lá para pegar”, explicou.

Sua compra total ultrapassou os R$ 200, mas ele defende que conseguiu adquirir produtos suficientes até a Sexta-feira Santa (19). Apostou na variedade, enchendo a sacola com peixe, caranguejo e camarão. Entre todos, o caranguejo é o menos expressivo em número de vendas, segundo o vendedor Adnaldo Chagas.

Chagas avalia que isso é reflexo do recente fim do período de defeso — ou “fecho”, como ele chama. Esse é o momento em que a captura é proibida por cerca de seis meses, reduzindo significativamente a comercialização para quem não consegue ou tem dificuldade de se preparar. Além do defeso, ele acredita que a Semana Santa não é o melhor momento para vender, com cerca de 200 unidades comercializadas — uma redução de aproximadamente 20%, em comparação a períodos de alta demanda. “No melhor período, a gente chega a vender até mil”, afirma.

Para o próximo mês, a expectativa é de melhora, com o fim da Semana Santa e do defeso. O caranguejo estava sendo vendido a três por R$ 10 nesta manhã. “Depois que passar esse período de defeso, aí melhora. Pela Semana Santa fica meio ruim, porque tem muitas pessoas que saem para visitar parentes, vão para as praias, e aí fica mais difícil”, lamenta.

 

Economia