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Preço do repelente chega a R$50 após aumento de casos de dengue

Consumidores sofrem com os preços elevados e com a falta do produto em estoque

Maycon Marte | Especial para O Liberal

A pesquisa realizada no dia 15 de fevereiro pelo Núcleo de Pesquisas da Escola de Proteção e Defesa do Consumidor da Fundação Procon-SP identificou a variação de preço dos repelentes disponíveis em sites de compra. Na capital paraense, após as notificações de casos de dengue, consumidores passaram a buscar pelo produto e se depararam com o aumento no preço. Entre os afetados, a técnica de enfermagem, Amanda Martins, afirma que o repelente que usa em seus filhos já custa “uma faixa de R$50 reais e está muito difícil de encontrar no mercado”.

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O levantamento utilizou sites de diferentes farmácias na coleta de dados, de acordo com os resultados, a maior variação chegou a 84% em um mesmo produto. Para a consumidora paraense, Amanda Martins, mesmo nos sites é difícil encontrar o produto em estoque. “Aqui pelo bairro não consigo encontrar, em farmácias ou sites de farmácias também não consigo encontrar ele, está bem difícil”, explica.

A técnica de enfermagem conta que as prevenções contra o mosquito sempre foram parte da rotina, mas “após o nascimento das crianças aí o nosso cuidado foi redobrado”. A consumidora relata que já houve casos de dengue na sua família. “Aqui em casa o papai já pegou dengue mais de uma vez e a minha tia ao lado de casa, já pegou dengue hemorrágica também”. Ainda lamenta a dificuldade em encontrar o repelente, sua principal medida de prevenção. “Tem 15 dias que eu não consigo encontrar, aí eu pergunto nas farmácias e eles dizem que está chegando… alguns falam que não tem, outros dizem que fizeram pedido, mas estão aguardando chegar, a gente percebe que está tendo uma fragilidade em repassar esse produto”.

Aliado ao repelente, ainda faz uso de outras medidas de prevenção contra o mosquito para reforçar o combate. “Em casa a gente usa bastante incenso para matar mosquito, inseticidas… e as medidas de não manter água parada”, conta. A consumidora explica que embora ainda encontre os demais produtos em estoque nas lojas, os preços deles também se elevaram desde o início deste ano.

Qual repelente usar?

Antes de comprar um repelente é preciso ficar atento aos princípios ativos e as suas contra indicações para garantir a eficácia do produto. A farmacêutica Alaine Albuquerque explica que existem diferentes repelentes produtos no mercado e detalha as indicações para cada um. Segundo a especialista, “temos quatro principais tipos de repelente, que são quatro princípios ativos no caso”. 

Albuquerque lista o repelente com Icaridina, que apesar do alto custo, possui boas recomendações de uso para todas as idades e uma duração de até 12h, além de não possuir cheiro. A especialista conta que os produtos a base de DEET, estão entre os mais comuns e baratos à venda, ainda destaca que “geralmente podem trazer manchas nas peles e roupas porque possuem solventes”. Os produtos com IR3535 segundo ela,  “possuem baixa toxicidade, mas também possuem um período curto de duração”, normalmente utilizados para bebês. Ainda existem os repelentes a base de Citronela que embora durem menos que os demais, possuem boas indicações em adultos.

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