Preço do pescado: veja os peixes que ficaram mais baratos e mais caros em Belém, segundo o Dieese
Análise mostra a variação de preços no primeiro trimestre, na capital paraense, às vésperas da Semana Santa
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/Pará) divulgou, nesta sexta-feira (11), uma pesquisa que mostra a variação no preço do pescado comercializado nos principais mercados de Belém, no primeiro trimestre deste ano. Realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico de Belém (SEDCON/PMB), o estudo aponta que, dos 21 tipos de peixes analisados, 15 ficaram mais caros no mês de março, em relação a fevereiro, e seis ficaram mais baratos.
Entre os peixes que ficaram mais "salgados" no mês, destaque para o Tamuatã, que ficou 10,31% mais caro e é comercializado pelo preço médio de R$ 19,05 o quilo; seguido da Sarda, que teve alta de 7,71% e custa, em média, R$ 19,70 o quilo; e da Dourada, cujo quilo custa, em média, R$ 25,18, com alta de 7,65% em comparação a fevereiro.
Na outra ponta da lista estão o Tucunaré e o Bagre, que ficaram 19,67% e 8,63% mais baratos, respectivamente. O primeiro está sendo comercializado, nos mercados de Belém, pelo preço médio de R$ 25,94. Já o quilo do Bagre custa, em média, R$ 12,50.
No acumulado do ano (janeiro a março), seis tipos de pescado também ficaram mais baratos, enquanto outros 15 ficaram mais caros. Mais uma vez, o Tucunaré se destacou entre os peixes que tiveram redução de preços, com variação de -35,15%. Em seguida, vêm o peixe Serra (-14,57%) e a Corvina (-9,77%). Esses dois últimos são comercializados pelos preços médios, respectivamente, de R$ 18 e R$ 19,22 o quilo.
Entre os que ficaram mais caros no ano, destaque para o Mapará, com alta de 28,14%, e a Pratiqueira, que teve variação de 24,89%. O quilo desses peixes custa, em média, R$ 19,26 e R$ 20,07, respectivamente, nos principais mercados de Belém. Nesse período, a inflação estimada foi de cerca de 2%, ainda segundo o Dieese/PA.
Nos últimos 12 meses, 13 tipos de peixe tiveram alta de preço e outros oito apresentaram queda. Mais uma vez, destaque para o Mapará, com alta de 19,18%, seguido da Sarda (18,03%) e do Tucunaré (11,57%). Entre os que ficaram mais baratos, destaque para a Uritinga (-24,12%) e o Bagre (-16,22%), que custam, em média, R$ 12,27 e R$ 12,50 o quilo, respectivamente. A inflação estimada para os últimos 12 meses (março de 2024 a março de 2025) foi de cerca de 5%.
Veja a variação no preço do pescado em Belém
Tipo de pescado / preço médio (kg / março de 2025) / variação no mês (março em relação a janeiro) / variação no trimestre (janeiro e março) / variação nos últimos 12 meses
Tamuatã / R$ 19,05 / 10,31% / 2,47% / 3,48%
Sarda / R$ 19,70 / 7,71% / 15,27% / 18,03%
Dourada / R$ 25,18 / 7,65% / 7,88% / 7,98%
Curimatã / R$ 22,78 / 7,55% / 9,78% / 9,89%
Pratiqueira / R$ 20,07 / 6,98% / 24,89% / 6,81%
Tambaqui / R$ 20,87 / 6,81% / -1,88% / -3,47%
Filhote / R$ 33,13 / 5,88% / 1,25% / -8,13%
Pescada amarela / R$ 34,74 / 5,05% / 6,30% / 0,49%
Tainha / R$ 26,58 / 4,81% / 13,69% / 0,95%
Gurijuba / R$ 26,25 / 4,62% / 2,50% / -6,82%
Mapará / R$ 19,26 / 4% / 28,14% / 19,18%
Xaréu / R$ 12,20 / 3,83% / 9,91% / 3,48%
Piramutaba / R$ 13 / 1,25% / 12,55% / 2,77%
Pescada gó / R$ 14,77 / 1,16% / 8,52% / 0,48%
Pescada branca / R$ 16,91 / 0,65% / -3,43% / -2,87%
Cação / R$ 17,31 / -2,59% / 3,34% / 7,99%
Uritinga / R$ 12,27 / -5,62% / 6,14% / -24,12%
Serra / R$ 18,00 / -7,88% / -14,57% / -11,29%
Corvina / R$ 19,22 / -8,48% / -9,77% / -9,89%
Bagre / R$ 12,50 / -8,63% / -6,92% / -16,22%
Tucunaré / R$ 25,94 / -19,67% / -35,15% / 11,57%