Pratos custam até R$ 480 em restaurantes da praia do Atalaia, em Salinas
Produtos encarecem mais a cada ano e o cliente paga a conta, afirma o proprietário de um restaurante
Os preços mais elevados em restaurantes durante as férias de julho deste ano não surpreendem donos de estabelecimentos e consumidores, mas ainda pesam no bolso. Apesar de já estar acostumado com o aumento sobre o preço de insumos nesse período do ano, devido a alta demanda, o sócio proprietário de um dos restaurantes na praia do Atalaia, no município de Salinas, nordeste paraense, Rodrigo Carvalho, relata que nos dois anos de existência do seu empreendimento, a alta se superou a cada ano. O proprietário também lamenta que os clientes acabam pagando mais caro, mas defende que a única solução para manter a sua margem de lucro é seguir os reajustes e repassar os novos preços aos consumidores.
“Nós sofremos esse impacto, esse aumento de preço, que às vezes a gente chega até achar que é abusivo, e o cliente acaba tendo que pagar esse preço, às vezes os clientes não conseguem entender, o cardápio é um pouco mais caro, mas isso é reflexo realmente dos insumos que chegam e a gente que trabalha com produtos de qualidade e paga um preço por isso, então, esse preço está sendo repassado de uma forma que eu acho que é até desnecessária”, lamenta o proprietário.
A reportagem de O Liberal realizou um levantamento em alguns restaurantes da praia do Atalaia, onde os preços dos pratos variam de R$ 50 a R$ 480. Os valores sofrem influência de acordo com a quantidade ofertada e ingredientes utilizados. No caso das bebidas, os valores ficam entre R$ 12 a R$ 75, dependendo da marca e da quantidade.
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Consumidores tentam driblar os preços
Em comparação com o ano anterior, alguns consumidores também sentem um impacto maior nessas férias e buscam alternativas. Frequentadora de Salinas há mais de 15 anos, a autônoma, Tatiane Souza, 37, explica que também percebe um aumento recorrente nesse período, assim como uma crescente no passar dos anos. Para driblar os valores e pesar menos no bolso, conta que a solução mais viável foi passar a pagar o mínimo de produtos ou serviços possível para escapar dos preços exorbitantes na praia.
A veranista destacou que optou por levar cerveja, refrigerante, água e comida por sua conta para a praia, pagando no local apenas a barraca. Ainda pontua que na comparação de preços desse ano com o anterior, 2023, produtos comuns como bebidas estavam mais baratos, mesmo para um período de alta demanda. “Ano passado era muito mais em conta, o refrigerante custava em torno de R$ 12 e agora está por R$ 17. A comida aumentou em torno de uns 20%”, afirma.