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Popularização dos procedimentos estéticos aquece economia paraense

Serviços estão acessíveis a um público maior, que até pouco tempo não pensava em aderir a procedimentos com nomes complicados, como hidrolipoclasia, intradermoterapia, atria, detox corporal, manta elétrica, corrente russa, drenagem linfática ou tantos outros

Igor Wilson

A chegada das férias de julho e a temporada de praia já não é o único motivo para muitas pessoas buscarem procedimentos estéticos para se sentirem mais confiantes e bonitas. A busca por métodos que prometem combater celulites, flacidez, reduzir as rugas e marcas de expressão, entre outras coisas, cresceu consideravelmente e já não é uma exclusividade de determinada classe socioeconômica. A popularização das cirurgias plásticas e dos procedimentos estéticos, em especial, os não invasivos, que em 2021 representaram 50% de todos os procedimentos realizados no Brasil, leva os serviços a um público maior, que até pouco tempo não pensava em aderir a procedimentos com nomes complicados, como hidrolipoclasia, intradermoterapia, atria, detox corporal, manta elétrica, corrente russa, drenagem linfática ou tantos outros procedimentos não invasivos que são cada vez mais procurados, inclusive no Pará, onde 1457 empresas no setor de estética foram abertas, somente de janeiro a maio deste ano, de acordo com a Junta Comercial do Pará (Jucepa).

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Nova tecnologia hoje será ultrapassada amanhã

Na clínica onde Lua favacho trabalha ainda não existe a Atria, tecnologia adquirida recentemente pela clínica localizada no bairro do Umarizal. Para o tratamento de redução de gordura e flacidez - os mais procurados nas duas clínicas - é o que há de mais avançado e por isso mesmo se tornou a "queridinha" de várias pessoas que passaram a procurar o estabelecimento. E isso se reflete nos preços. Enquanto que, na clínica que fica num prédio popular do bairro de Nazaré existem tecnologias de anos anteriores, mas que auxiliam nos mesmos tratamentos e com pagamento parcelado em até 12x, na clínica do Umarizal os valores das novidades do ano podem parecer distantes para boa parte da sociedade paraense.

“Não em todos os casos, mas muitas vezes o que diferencia os preços é a marca e o ano da máquina. Muitas tratam com eficiência semelhante os mesmos males, mas a novidade sempre faz com que os preços aumentem, claro. Essa talvez seja a grande diferença entre os locais. Se você vai numa clínica em uma região nobre, vai pagar pela localidade e também pela tecnologia muitas vezes mais avançada. Mas a tecnologia do ano nem sempre quer dizer que o tratamento é superior ao do realizado com a máquina do ano anterior. Até porque tecnologias vivem surgindo e no próximo ano, o que é novidade hoje se torna antigo. Isso não quer dizer que deixará de tratar o paciente”, diz Lua.

“Aqui preferimos nem falar de valores com quem não seja cliente. Conseguimos estabelecer um padrão de qualidade que faz com que nossos pacientes saibam que sempre iremos em busca das novidades da tecnologia, aprimorando nossos serviços. Sabemos que as pessoas que vem aqui geralmente nem perguntam pelo valor, mas sim pela eficiência e qualidade do tratamento. Além disso, nosso corpo de profissionais é extenso, o que dá segurança aos clientes”, diz a administradora da clínica localizada no bairro do Umarizal.

Nas periferias, no centro ou nos bairros considerados nobres, a oferta por procedimentos não invasivos se multiplica, atrai quem deseja melhorar seu aspecto físico, ficar bonito no Instagram sem precisar de filtros. Mas um ponto é unânime, seja nas clínicas populares ou das regiões consideradas nobres: não existe milagre. Os procedimentos só começam a apresentar resultados com uma mudança de hábitos de saúde por parte do paciente. Nisso, tanto Lua, quanto Kamila, concordam.

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