Planos de Saúde Coletivos terão aumento de 14% pelo terceiro ano seguido
Segundo dados da ANS, o Brasil tem 50,9 milhões de usuários no mercado, sendo que 88,6% são usuários de planos coletivos
Segundo um relatório da XP Investimentos baseado em dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os planos de saúde coletivos terão um reajuste de dois dígitos neste ano. O aumento médio foi de 15% no período entre dezembro de 2023 e fevereiro de 2024.
Os reajustes mantiveram-se nesse patamar pelo terceiro ano consecutivo. Em 2023, a alta média nos preços dos planos coletivos foi de 14,38%; em 2022, os reajustes oscilaram em torno de 11,54%.
Ainda segundo dados da ANS, o mercado conta com 50,9 milhões de beneficiários, sendo 88,6% deles em planos coletivos, seja empresariais ou por adesão, quando ligados a uma entidade de classe ou administradora de benefícios. Os reajustes dos planos individuais e familiares são limitados pela agência, que estabelece um teto.
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Entre os principais grupos, SulAmérica, Bradesco Saúde e Amil são citados como os responsáveis pelas maiores taxas, superiores a 20%.
O mercado tem enfrentado pressões com aumentos de preços acima de 15% desde meados de 2023, especialmente nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, com reajustes na ordem de 20% nos últimos meses.
Os especialistas responsáveis pelo relatório esperam que "as precificações mais agressivas continuem ocorrendo por pelo menos mais um ano no mercado de planos de saúde".
Entre os fatores que justificam esse aumento estão o aumento das despesas dos planos de saúde, com a retomada de atendimentos que foram interrompidos durante a pandemia da Covid-19, inflação de custos e incorporação de novas tecnologias.
Já o mercado de planos odontológicos tem uma dinâmica diferente, com aumentos de preços permanecendo no nível de um dígito.
"Empresas que oferecem planos odontológicos junto com planos de saúde, como Hapvida, SULA e Amil, estão no limite superior dos aumentos de preços, enquanto a Odontoprev - que é uma operadora puramente de planos odontológicos - permanece no limite inferior", afirma outro trecho do documento.
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