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Pará registra aumento no preço do café e do leite no primeiro semestre de 2024

O reajuste ficou acima da inflação em maio deste ano 

Kamila Murakami

O café e o leite são dois itens indispensáveis ​​na primeira refeição do dia da maioria dos paraenses. Porém, com a alta nos preços, é cada dia mais difícil para os consumidores manterem ambos os produtos alimentícios na cesta básica. De acordo com um levantamento divulgado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o café e o leite registraram um aumento expressivo acima da inflação no último mês.

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“Nós já tivemos que reduzir muitas coisas em casa para poder equilibrar a conta. Eu trabalho com vendas e não posso ficar mudando sempre o preço dos salgados, porque senão vou perder a minha clientela”, conta a vendedora.

Como estratégia para tentar fugir dos preços elevados, a cuidadora Rosário Freitas, 56, diz que sempre vai em mais de um supermercado em busca de valores mais acessíveis. “Eu tenho que pesquisar muito antes para ver onde está mais em conta e poder comprar as minhas coisas. Compra ali, compra 'acolá' para poder viver”, narra.

O presidente da Associação Paraense dos Supermercados (Aspas), Jorge Portugal, explica que, no caso do café, o reajuste está relacionado com a safra. No caso do Brasil, o maior produtor é o estado de Minas Gerais. Jorge cita que, como houve uma redução na produção, o preço aumentou.

Além disso, de acordo com os dados do Dieese, as preocupações com os estoques globais de café, os problemas relacionados à safra do grão no Vietnã e o ritmo lento da colheita de café nas regiões brasileiras também estão dentre os fatores relacionados ao aumento nas cotações internacionais do grão em grão pó. 

Já o aumento no valor do leite está ligado à tragédia ambiental que aconteceu no Rio Grande do Sul em maio deste ano. “O Rio Grande do Sul produz uma boa parte do leite, que acabou sendo perdida. Então, consequentemente vem como resultado esse aumento. Esperamos que com a normalização ele venha a baixar”, frisa Jorge Portugal.

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