Paraense deve gastar mais neste Natal em comparação com o ano passado

A maioria dos paraenses economicamente ativos deverá gastar mais neste ano com os presentes de Natal e festas de fim de ano em comparação com o ano passado. A Federação do Comércio do Estado do Pará (Fecomércio-PA), com base na Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), feita em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), afirma que 56% da população pretende fazer mais compras que em 2018, no mesmo período. O índice registrou variação de 13,7 pontos percentuais, na comparação do índice de novembro deste ano com o de novembro do ano passado, o que significa que haverá aumento na busca por produtos.

Em relação ao presentes natalinos, 86% das pessoas consultadas pela sondagem, que ouviu 300 consumidores no Pará, o equivalente a 258 entrevistados, também pela Fecomércio, informam que gastarão R$ 150, em média.

Na hora de escolher a modalidade de pagamento, de acordo com a assessora econômica da Federação, Lúcia Cristina de Andrade Lisboa, o consumidor optará por utilizar mais de uma forma. “As pessoas têm dividido o pagamento das compras entre o cartão de crédito, que ainda é o principal, e à vista, quando é possível. Também serão utilizados os recursos do 13º salário e do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)”, detalha.

A economista também destaca que as famílias não comprometerão mais de 23,8% de sua renda com dívidas, seguindo o comportamento demonstrado durante o mês de novembro. “Observamos a preocupação em não comprometer grande parte da renda futura com compras parceladas. Depois dos últimos anos de crise, as pessoas estão mais cautelosas, por isso ficarão abaixo dos 30% da renda (gasta) com compras em parcelas, como é recomendado”, assegura.

Já de acordo com a Boa Vista Serviços, empresa de informações de crédito, em levantamento feito com 1.300 entrevistados em todo o país, constatou que o valor médio total pretendido gastar com todas as compras para as festas de Natal e fim de ano, incluindo despesas com viagens e alimentação, é de R$ 564,95.

Ainda segundo o mesmo estudo, mais da metade dos consumidores (51%) não querem gastar mais do que R$ 500 considerando todas as compras que precisam fazer para Natal e Final de Ano. Destes, 27% pretendem gastar até R$ 300 e outros 24% entre R$ 301 a R$ 500.

Com dois filhos, um de 3 anos e outro de 8 anos, e uma enteada, de 11, a cabeleireira Elen Campos, 28, faz parte do grupo que dará presentes para três ou mais pessoas, já que também sempre dá um jeito de presentear o marido. Segundo seu planejamento financeiro, deve gastar, em média, R$ 500, com a ceia, presentes e festejo. “Não viajamos no final do ano, então nossos gastos principais são no Natal. Para as crianças, os produtos que costumo comprar com mais frequência são sapatos, roupas e brinquedos”, conta.

A secretária Márcia Gomes da Silva, 45, também deve gastar em torno de R$ 500, mas somando com os gastos do marido no mesmo período, que costumam ficar na faixa de R$ 250, a família gastará aproximadamente R$ 750. “Eu presenteio sempre de seis a 10 pessoas, entre irmãs, pais, os sogros. Já o meu marido não dá presente pra quase ninguém, por isso gasta menos. Mas as coisas que compro não são caras, e sim lembrancinhas: brinco, batom, meias e cuecas”, relata.

“No Natal deste ano não vou comprar presente pra ninguém, só aceitar convites para as festas na casa dos meus filhos”, diz o professor de Artes Edivaldo Rosário. O engenheiro elétrico Nazareno Oliveira, 23, também deve economizar, mas não tanto. “Como não me planejei, não pretendo gastar quase nada. Só vou dar presente para a minha esposa e para a minha filha, Carla Sofia, de 2 anos”.